Lerner não vota mais em Curitiba, mas apóia Beto

Apesar de não mais votar em Curitiba, o ex-governador Jaime Lerner não rompeu eleitoralmente com a cidade. Seu atual partido, o PSB, indicou o candidato a vice, o deputado estadual Luciano Ducci, e Lerner protocolou seu apoio ao vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa.

O ex-governador transferiu o domícilio eleitoral para o Rio de Janeiro, no ano passado, quando planejava apresentar seu nome para concorrer à Prefeitura carioca. O projeto não foi adiante e Lerner voltou-se para Curitiba, onde, no anunciado racha entre o PFL e o PSDB, postou-se ao lado do candidato tucano em oposição ao apoio do prefeito Cassio Taniguchi ao candidato pefelista, vereador Osmar Bertoldi.

Apesar de encerrar seu governo com a popularidade em baixa, em 2002, Lerner, segundo pesquisa da Toledo Associados divulgada por O Estado em junho, ainda manteve um reduto de eleitores em Curitiba. Ele foi citado por 8% dos entrevistados como a terceira liderança mais influente sobre o eleitor curitibano, atrás do governador Roberto Requião (PMDB) e do prefeito Cassio Taniguchi (PFL).

O Estado não conseguiu obter informações ontem com a assessoria de Lerner sobre sua participação na campanha da coligação PSB/PSDB. Mas a assessoria do candidato tucano informou que além da presença na convenção do PSDB que homologou a candidatura de Beto Richa, não houve mais nenhum evento ao qual o ex-governador comparecesse. De acordo com a assessoria de Beto, o apoio do ex-governador é livre assim como o grau de compromisso junto à campanha. Por enquanto, ele não está integrado a nenhum conselho ou organismo interno da estrutura de campanha.

Esta é a segunda vez que Lerner está no palanque de Beto Richa. Em 2002, ele estava no PFL e comandou as articulações para que o partido apoiasse a candidatura de Beto ao governo. Mas na prática, não correspondeu às expectativas do então candidato que, mais tarde, veio a se queixar do pouco envolvimento de Lerner na sua campanha.

Em eleições municipais, a participação do ex-governador teve um intervalo de oito anos. Em 2000, a coordenação da campanha à reeleição de Taniguchi inibiu o envolvimento de Lerner no processo. Ele pouco apareceu nos eventos públicos e somente uma vez no programa do partido no horário eleitoral gratuito.

Voltar ao topo