José Sarney sugere campanha nacional de saneamento para combater a dengue

O senador José Sarney (PMDB-AP) defendeu, nesta segunda-feira (14), a volta da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), órgão incorporado, em 1990, à Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Para o senador pelo Amapá, ao tempo da Sucam e do
"Pode ser até um tipo de romantismo da minha parte, mas aquilo deu bons resultados. Temos que pensar em medidas consagradas, como uma campanha nacional de saneamento" disse, relembrando a "vitória transitória" sobre a dengue entre 1986 e 1987, durante sua gestão como presidente da República.

Fazendo um histórico da evolução da doença, o senador comentou que, em 1955, a dengue foi dada como nacionalmente extinta, reaparecendo no Pará, em 1967, e no Rio de Janeiro, em 1977. Depois da extinção da Sucam, os casos de dengue subiram de 100 mil, em 1990, para 360 mil em 1998, e 430 mil em 2007.

"Este ano, os números apurados até agora são alarmantes" avaliou.

José Sarney também enfatizou o baixo-custo do sistema dos mata-mosquitos, muitos demitidos pela Funasa por terem sido contratados sem concurso público. O ex-presidente da República ponderou que não se podem dispensar os recursos mais atualizados de combate aos mosquitos transmissores de doenças como a dengue e a malária.

Em relação à epidemia de dengue no Rio de Janeiro, José Sarney disse não considerar se tratar do mesmo quadro existente no início do século XX, quando o presidente Rodrigues Alves determinou ao sanitarista Oswaldo Cruz que tomasse medidas para eliminar os focos de doenças na então capital da República. De todo modo, acredita que "há muitas coisas simples que podem ser feitas", duvidando da eficácia de se transferirem médicos de outros estados para o Rio.

Voltar ao topo