Itaipu emite nota e refuta denúncias

A assessoria da Itaipu Binacional enviou nota oficial dizendo que a revista Veja comete crime contra a honra do diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, e atentado à imagem de Itaipu, maior hidrelétrica do mundo em produção de energia. Segundo a assessoria, trata-se de uma acusação sem fundamento. "No afã de denunciar, a revista Veja faz confusão e tropeça numa série de equívocos, por incompetência na apuração ou má-fé. A revista se negou, peremptoriamente, a dar a versão técnica da Itaipu sobre o atraso na construção das duas unidades geradoras", diz a nota.

Conforme a asssessoria, Samek nunca tratou o assunto das multas individualmente com o ex-conselheiro Roberto Bertholdo ou com qualquer diretor da Voith Siemens. "Pelo contrário, o assunto sempre foi tratado em reuniões conjuntas do Comitê Gestor que acompanha e fiscaliza o contrato de construção das duas unidades geradoras, formado por técnicos brasileiros e paraguaios ou por representantes indicados pelos dois governos".

A empresa informa que possui o relato das negociações das multas registrado em ata e que a multa, já cobrada, no valor de US$ 2,6 milhões devidamente paga à Itaipu foi dirigida, como rege o contrato, ao consórcio Ceitaipu e não à empresa Voith Siemens, como diz a revista Veja. O mesmo deverá acontecer com a segunda multa a ser aplicada por descumprimento do novo prazo de entrega das obras.

O consórcio Ceitaipu envolve 16 empresas que realizam obras de construção das duas últimas unidades geradoras da Itaipu, no valor de US$ 184,6 milhões. A multa máxima por atraso no cronograma de entrega das obras, segundo a empresa binacional, é de 10% do valor total do contrato. "Ou seja: US$ 18,4 milhões. Itaipu já aplicou ao consórcio Ceitaipu US$ 2,6 milhões por atraso nos marcos intermediários das obras", informa a nota.

De acordo com a nota da Itaipu, não houve qualquer favorecimento ou perdão de dívida milionária de 200 milhões de dólares à Voith Siemens, "pois as multas podem atingir o teto máximo previsto no contrato. Vejamos o ridículo afirmado pela reportagem da Veja: a revista sustenta que o valor "perdoado" (200 milhões de dólares) seria superior ao próprio contrato (184,6 milhões de dólares)".

Samek informa por meio de sua assessoria que coloca à disposição seus sigilos bancário e telefônico, assim como todos os da empresa onde o assunto das multas foi tratado. Ele diz também que buscará na Justiça reparação pelos danos causados à sua imagem pessoal e à imagem da Itaipu Binacional.

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