Gustavo Fruet acusa PT de interferir em eleição

O presidente do diretório estadual do PMDB e pré-candidato à eleição para a prefeitura de Curitiba, deputado Gustavo Fruet, acusou ontem setores do PT de tentativa de interferência na eleição do novo diretório municipal, marcada para o próximo domingo, dia 26. Fruet reagiu à participação do líder do governo na Assembléia Legislativa e pré-candidato à Prefeitura de Curitiba, Ângelo Vanhoni (PT), e do diretor-geral da Usina de Itaipu, Jorge Samek, no almoço promovido no sábado passado, dia 18, pela chapa que deverá ser encabeçada pelo atual presidente municipal do partido, Doático Santos. O grupo defende o apoio do PMDB a Vanhoni na sucessão municipal do próximo ano.

“Isso não é construir aliança. É a imposição de candidatura única por parte de quem tem a responsabilidade de dar sustentação aos governos estadual e federal”, afirmou. Gustavo disse que Vanhoni está confundindo a liderança do governo com o PMDB. Para Fruet, a presença dos dois petistas no almoço peemedebista foi “uma indelicadeza com o PMDB” e seus deputados. “É uma forma de evitar o debate. O PT quer mamão com açúcar”, disse Fruet.

Gustavo também criticou Samek. “Ao renunciar ao mandato popular em troca de um projeto pessoal e de governo, Samek abriu mão do debate eleitoral. O máximo que ele pode discutir com Doático Santos são assuntos ligados a turbinas”, atacou o peemedebista, aludindo ao fato de Samek ter se licenciado da Câmara Federal para assumir o comando de Itaipu.

Vanhoni disse que sua participação no almoço foi mal interpretada e que não teve a intenção de influenciar na decisão do PMDB. “Tenho amigos nas duas chapas. A disputa interna no PMDB diz respeito apenas ao PMDB. Minha relação de amizade e política é com o PMDB como um todo”, argumentou o deputado, que diz manter amizade tanto com Gustavo como com os vereadores Paulo Salamuni e Marcelo Almeida.

Vanhoni disse que não compareceu ao lançamento da chapa de grupo pró-candidatura própria, na sexta-feira, dia 17, porque não foi convidado. “Eu me sinto um pouco PT, um pouco PMDB. Nós estamos no governo e grande parte do que está sendo levado a cabo pelo governo é o programa que o PT defende”, disse.

O deputado petista comentou ainda que a aliança entre o PMDB e o PT na disputa do primeiro turno é desejável, mas disse que se não houver acordo, a composição pode acontecer no segundo turno. O diretor-geral de Itaipu preferiu não responder às críticas do presidente estadual do PMDB.

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