Governo não descarta envio de plano de carreira dos professores à AL

O governador Roberto Requião (PMDB) acenou ontem com a possibilidade de enviar ainda este ano à Assembléia Legislativa o plano de carreira, cargos e salários dos professores da rede pública estadual de ensino. Ao anunciar que poderá encaminhar o projeto até o final do ano ou em janeiro, o governador aproveitou para provocar os deputados estaduais. Disse que mandará o projeto desde que os deputados se disponham a trabalhar durante o recesso legislativo sem receber jetons ou convocação extraordinária.

Foi uma reação à decisão da maioria dos deputados de sua base de apoio, que se recusaram a votar o projeto do líder da bancada do PMDB, Antônio Anibelli, reajustando os vencimentos dos secretários de Estado. Os deputados justificaram que não poderiam aprovar aumento para os secretários e deixar os professores de fora, já que o governo não mandou o projeto a tempo de ser apreciado na última sessão do ano, realizada na quinta-feira passada.

Ontem, o governador deu o troco. Disse que os deputados estaduais ?ganham excepcionalmente bem? , enquanto os secretários de Estado ?ganham uma verdadeira miséria?. Acrescentou que o projeto dos professores poderá ser votado se houver boa vontade dos deputados em interromper as férias legislativas. Lembrou que os secretários, apesar de mal remunerados, não têm férias. ?Não dou férias para o meu pessoal.?

Requião disse que não encaminhou o plano de carreira dos professores porque os técnicos da Secretaria da Educação cometeram um engano ao montar as novas tabelas de vencimentos. De acordo com o governador, os técnicos não consideraram os abonos que concedeu este ano à categoria, gerando distorções nos novos salários, e algumas carreiras até teriam redução de salários se mandasse as tabelas erradas para a Assembléia.

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