Governo apresenta projeto para a Região Metropolitana

A preocupação de promover o desenvolvimento social e econômico da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) está entre as prioridades do governo do Estado. ?Já no primeiro dia de governo foi assinado um decreto criando uma secretaria especificamente para promover estas ações, em conjunto com a Comec-Coordenação da Região Metropolitana?, lembra o secretário Edson Strapasson.

Para melhor atender as demandas de deslocamentos de passageiros do sistema metropolitano de transportes coletivos, a Comec e a Secretaria estão trabalhando na implantação do Programa de Integração de Transporte da RMC que envolve investimentos na ordem de R$ 124,5 milhões, via financiamento Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES.

O Programa de Ligação Intercidades prevê um novo eixo de transporte que promoverá a integração entre municípios da RMC, desafogando o atual sistema radial, onde todas as linhas passam por Curitiba e vai propiciar um maior desenvolvimento dos municípios vizinhos, criando novas relações urbanas e econômicas entre eles.

Outro objetivo do programa é a melhoria do transporte coletivo da RMC através da implantação e melhoramentos em aproximadamente 70 quilômetros de vias, conjuntamente com a implantação, reforma e ampliação de 17 terminais. Dentre os terminais em operação, destaca-se a precariedade do terminal Alto Maracanã no município de Colombo que atende aproximadamente 50.000 mil passageiros por dia – embarque e desembarque – e que atualmente está em fase de projeto e terá suas obras realizadas no ano de 2004.

A Secretaria para Assuntos da Região Metropolitana de Curitiba e Comec estão finalizando a compra de uma área de quase 9 mil metros quadrados onde vai ser instalado o terminal de ônibus Guaraituba, em Colombo, na Rua Cascavel com Estrada da Ribeira, com um custo previsto de aproximadamente R$ 500 mil reais. O novo terminal que vai desafogar o terminal Alto Maracanã, que foi implantado em junho de 1994, utilizando em parte uma estrutura já existente e disponível.

O terminal Alto Maracanã , cuja capacidade já era de início limitada, opera hoje com 27 linhas e uma frota operante de 144 veículos e 16 plataformas. Para evitar dificuldades operacionais, logo após a implantação, foi mantida a alternativa do usuário poder optar pelo serviço integrado através das linhas alimentadoras ou pelo deslocamento direto ao centro de Curitiba com a manutenção das linhas convencionais: Porteira/Paloma, Monte Castelo e Roseira.

Após oito anos de operação do terminal Maracanã sem a implantação de medidas para melhoria da fluidez de demanda, chegou-se a saturação do Sistema de Transporte Coletivo que faz atendimento da localidade. Desta forma a construção do terminal Guaraituba, que vai ter doze linhas – nove alimentadoras e três linhas-tronco – e uma demanda diária estimada em aproximadamente 29 mil pessoas, vai trazer alívio para os usuários.

Os trabalhos desenvolvidos em 2003 consistiram também na licitação execução dos projetos de vias e dos terminais. Serão investidos nestas obras mais de R$ 100 milhões – R$ 70 milhões do BNDES e o restante como contrapartida do governo do Paraná. Complementam o programa investimentos de R$ 9,5 milhões em desapropriações (governo do Estado e municípios) e R$ 15 milhões em frota de ônibus pela iniciativa privada. A Secretaria de Assuntos da RMC-Comec prevê ainda a construção do Terminal Roça Grande em uma área medindo 9,6 mil metros nas margens da Rodovia da Uva.

Também está sendo criado um modelo de gestão para adequar as ocupações nas regiões com mananciais que abastecem Curitiba. A Comec é responsável pela coordenação técnica da elaboração do Zoneamento Econômico da Área de Proteção Ambiental do Rio Verde.

A Mineropar apresentou 30 prováveis locais para destinação de resíduos sólidos. Desses, a Comec e Secretaria já escolheram cinco, três ao Sul e dois ao Norte. Em alguns dias serão conhecidos os locais que vão resolver a situação de saturação em que se encontra o Aterro da Caximba.

Os técnicos também trabalham para estabelecer as diretrizes de desenvolvimento Integrado e a definir as áreas de mananciais no Ppart-Plano de Proteção Ambiental e Reordenamento Territorial em Áreas de Mananciais da RMC, que é um dos instrumentos de gestão e proteção.

Outra atividade implantada foi o Mutirão Metropolitano, com objetivo de viabilizar ordenadamente as ações, os projetos e atividades das secretarias Estaduais e suas vinculadas, das prefeituras e na medida do possível dos ministérios, como também a criação dos Fóruns de Desenvolvimento local para promover o desenvolvimento sustentável dos municípios da RMC.

Voltar ao topo