Governador faz avaliação dos primeiros 100 dias

O governador Roberto Requião fez ontem uma avaliação dos cem primeiros dias do governo. Os pontos de destaque citados pelo governador foram a reunificação da Copel, a quebra de contrato da Sanepar, reorganização do setor de segurança e a guerra contra o pedágio. Requião afirmou que pegou o Estado em “pedaços”, e agora está tendo trabalho para pôr tudo em ordem.

O pronunciamento de Requião aconteceu no Canal da Música, e foi transmitido em cadeia estadual pela rádio e televisão Educativa. O governador respondeu a perguntas feitas por cinco jornalistas da emissora, que contemplaram as principais ações e promessas de campanha. Uma delas foi o fim do pedágio. Ele afirmou que está tentando um acordo amigável com as empresas, e que não seria incoerente de tomar uma medida nesse período de safra. Porém, ressaltou que os contratos estão irregulares, já que não existe auditagem nas praças e fiscalização nas obras das concessionárias. Para fugir do pedágio, muitos motoristas estão usando estradas alternativas, o que estaria destruindo as estradas de responsabilidade do Estado.

No setor de segurança, Requião disse está fazendo uma limpeza na polícia, para afastar os maus profissionais. Para isso está mudando as leis estaduais para facilitar as punições, e pedindo participação do Ministério Público no conselho da polícia. Uma das medidas para acabar com a criminalidade foi o decreto que põe fim com o funcionamento dos bingos. “Somente o Paraná, Alagoas e Santa Catarina tinham legalizado os bingos. Mas isso vai acabar”, argumentando que existem fortes suspeitas que eles têm conexão com o crime organizado e mafia espanhola. O governador falou que irá enfrentar uma dura disputa judicial nesse caso, porém, não irá ceder as pressões.

Metas

Uma das principais metas do governo será reverter o quadro de 70% dos municípios do Paraná que possuem índice de desenvolvimento humano abaixo da média nacional. “Muita gente no Paraná vive em condições piores que as cidades mais pobres do nordeste”, afirmou. Além disso, 203 cidades perderam população nos últimos anos, e isso aconteceu, segundo Requião, porque 80% dos investimentos do governo anterior foram em cidades que ficavam à 130 quilômetros de Curitiba.

Um dos principais planos para atacar esse problema é o Plano de Desenvolvimento Urbano e Regional – lançado no início no mês – que prevê investimentos nas regiões mais críticas. “Com isso estamos tentando viabilizar as pequenas cidades e defender as grandes”, afirmou.

Roberto Requião anunciou que vai se reunir com os diretores das montadoras Audi/Volskagem e Renault – que se instalaram no Paraná com incentivos fiscais – para discutir com contratos, já que garante que o Estado não está sendo beneficiado por elas. Requião afirmou que hoje menos de 3% das peças utilizadas pela Reanult são fabricadas aqui, e isso precisa mudar.

O programa de distribuição de leite – também promessa de campanha – irá começar pelas regiões de Irati e Vale do Ribeira.

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