Receita Estadual

Governador Beto Richa é investigado por corrupção

O governador Beto Richa (PSDB) é investigado pela Procuradoria Geral da República (PGR), suspeito de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. De acordo com informações da RPC, o pedido de abertura da investigação contra o governador, feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), aponta que a campanha à reeleição de Richa recebeu dinheiro captado em um esquema de corrupção na Receita Estadual. Em nota, o governador disse que todas as doações recebidas pela campanha foram legais e declaradas à Justiça, e não houve qualquer contribuição ilícita ou vinda de desvios de conduta de fiscais da Receita Estadual.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou na sexta-feira a abertura de inquérito para investigar suposto envolvimento do governador com o esquema de corrupção. Foi concedido prazo de 20 dias para a PGR concluir a investigação dos fatos que foram descobertos pela Operação Publicano. Pra vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, há “elementos que apontam pra prática pelo governador Carlos Alberto Richa do crime de corrupção passiva, em razão da solicitação, por intermédio de Luiz Abi Antoun, de vantagem econômica indevida de empresários locais para arrecadar dinheiro para uso na sua campanha eleitoral”.

Esquema

O esquema apurado pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) consistia na cobrança de propina por auditores fiscais da Receita Estadual em Londrina. Eles exigiam valores de empresários para não fiscalizar o recolhimento de impostos e não cobrar multas. Quase 200 pessoas já foram denunciadas. Ao longo das investigações, o auditor fiscal Luiz Antônio de Souza afirmou que parte do dinheiro desviado abasteceu os cofres da campanha à reeleição do tucano em 2014. Ele firmou acordo de delação premiada. O pedido, segundo Souza, foi feito pelo delegado Márcio Albuquerque de Lima, que foi apontado pelo Gaeco como chefe do esquema de corrupção – ele era companheiro de corridas do governador. Lima foi o responsável, segundo o delator, por entregar dinheiro ao empresário Luiz Abi Antoun, que é parente de Beto Richa.

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