Forte Netto é candidato a vice-governador de Álvaro

O arquiteto Luiz Forte Netto (PDT) será o candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Álvaro Dias (PDT). O nome foi anunciado no início da tarde de ontem por Álvaro, que fez uma escolha pessoal pelo seu vice. Forte Netto foi candidato a prefeito de Curitiba nas eleições de 2000 e fez cerca de 8% dos votos. Em 1992, ele foi candidato a vice-prefeito numa chapa encabeçada pelo ex-deputado federal Mauricio Fruet, falecido em 1998.

Na convenção de hoje, no Centro de Convenções de Curitiba, além de Alvaro e Forte, serão homologados os nomes do senador Osmar Dias (PDT) e do deputado estadual Toni Garcia (PPB) para o Senado, e ainda a chapa de candidatos a deputado estadual e federal. O candidato a suplente na chapa de Osmar será o empresário José Carlos Gomes de Carvalho. Já o suplente de Toni Garcia é o advogado Roberto Bertoldo.

O PDT, o PTB e o PPB farão convenção conjunta para a oficialização da aliança, que ainda terá a participação do PGT, PSDC, PRP, PTN e PT do B. Com este leque de apoios, Alvaro terá cerca de 4 min no horário eleitoral gratuito para apresentar suas propostas como candidato ao governo, um tempo que a coordenação da campanha do senador calcula ser equivalente ao dos candidatos do PMDB ao governo, senador Roberto Requião, e do PT, o deputado federal Padre Roque Zimmermann.

Álvaro disse ainda que deverá ter o apoio de alas dissidentes do PSDB, partido que estruturou no Estado, mas do qual foi obrigado a se afastar, no ano passado, por ter votado a favor da instalação da CPI da Corrupção no Congresso Nacional, e também de setores do PFL que não comungam da candidatura do tucano Beto Richa. O senador também anunciou que a direção do PL de Londrina iria renunciar ontem para manifestar apoio à sua candidatura na convenção de hoje. Oficialmente, o PL está coligado com o PT no Paraná.

Sobre a escolha de Forte Netto, o senador afirmou que buscou alguém com o preparo adequado para exercer a função de vice-governador sem riscos. Durante seu governo, Álvaro teve uma divergência notória com o seu vice na época, Ary Queiróz, o que levou o senador a permanecer no governo e a não disputar a eleição de 1989. ” Não estamos preocupados com a questão eleitoral na escolha do vice. O vice tem que ser um parceiro em todas as ações administrativas. E eu escolhi o Forte Netto por sua qualificação técnica e capacidade de exercer a função. A lealdade é indispensável porque sabemos que a falta de sintonia entre governador e vice prejudicam as ações de Estado”, justificou.

Forte Netto afirmou que também pode impulsionar eleitoralmente a chapa. Ele lembrou que, em 2000, obteve um bom desempenho na campanha para a Prefeitura de Curitiba e que isto reforça a posição da chapa na capital e na Região Metropolitana.

Pendências

Álvaro disse que as pendências do acordo com o PPB já foram solucionadas. No dia da assinatura do compromisso de aliança, na semana passada, foram identificadas cidades onde o PDT e o PPB são adversários, o que poderia atrapalhar o projeto eleitoral do grupo. Segundo o senador, estas situações já foram contornadas com o estabelecimento de regras para a campanha. Nas cidades onde os dois partidos são adversários, cada grupo fará a sua campanha separadamente. “Faremos uma modalidade de campanha que não exija convivência no mesmo espaço”, explicou.

Partido confirma Rubens Bueno

A executiva regional do PPS realiza hoje em Curitiba a convenção estadual do partido, na Sociedade Universal . A convenção vai homologar o lançamento da candidatura do deputado federal Rubens Bueno ao governo do Estado, que já havia sido aprovada pelo partido no 2.º Congresso Estadual, realizado em 30 de novembro, em Curitiba.

A convenção de hoje também vai oficializar as chapas de candidatos do PPS à Assembléia Legislativa e à Câmara dos Deputados, além de discutir e votar eventuais alianças partidárias para as eleições de 6 de outubro. “Temos a expectativa de fechar coligações, que dependem de uma conversa final nestas últimas horas que precedem a convenção”, explicou o secretário-geral da executiva estadual, Rubico Camargo.

A definição dos nomes dos candidatos a vice de chapa de Rubens Bueno e ao Senado vai depender do desfecho destas derradeiras negociações partidárias. Caso não haja alianças, o próprio PPS lançará um nome para concorrer a senador, informou Camargo. Como última tarefa, os 505 convencionais – entre delegados, membros do diretório estadual e presidentes de diretórios municipais – com direito a voto deverão reiterar um conjunto de moções e resoluções internas aprovadas no II Congresso Estadual.

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