O presidente nacional da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, esteve ontem em Curitiba para declarar, junto com um grupo de sindicalistas do Paraná, apoio ao candidato ao governo do estado, Osmar Dias. A atuação de Dias, como senador, em defesa dos direitos dos trabalhadores, teria pesado na decisão, segundo Paulinho.
Apesar de a maioria dos sindicatos ligados à Força acompanharem a decisão, o presidente da entidade afirmou que no Paraná eles são livres para fazerem as escolhas. ?O Osmar Dias, como senador, sempre teve uma posição em defesa dos trabalhadores, e queremos contar com ele depois de eleito governador para continuar nessa luta?, disse Paulinho. Ele citou que Dias foi defensor da manutenção do pagamento da multa de 40% ao trabalhadores demitidos. ?Isso demonstra interesse na defesa dos trabalhadores?, afirmou.
Paranaense de Porecatu, Paulo Pereira da Silva foi eleito deputado federal pelo PDT em São Paulo, e disse que a vitória de Osmar Dias no Paraná irá fortalecer a bancada do partido no país. Em nível nacional, Paulinho garantiu que a Força Sindical deverá dividir o apoio entre Luis Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Porém ele confirmou que o PDT em São Paulo, e ele pessoalmente, vão declarar apoio ao tucano. Paulinho afirmou que o candidato Alckmin já fechou um acordo com a Força Sindical se comprometendo a respeitar as principais propostas defendidas pela entidade.
Entre elas estão a garantia dos direitos dos trabalhadores contidos na Constituição e na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT); indexação do piso dos benefícios da Previdência Social ao salário mínimo; não às privatizações de estatais como da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica; e redução da carga tributária para micros, pequenos e médios empresários.
Para Osmar Dias, o apoio da Força Sindical representa, simbolicamente, o maior apoio que já recebeu no segundo turno. ?O apoio do Paulinho, que é do Paraná, demonstra que não só os empresários, mas os trabalhadores estão juntos para consolidar nossa vitória nas urnas?, disse. Além da Força, o eleito deputado federal Ratinho Júnior (PPS) também declarou o apoio a Osmar Dias. Ratinho afirmou que a decisão foi tomada depois de consultar as lideranças do partido.
?Foi uma decisão coletiva das lideranças que nos ajudaram a conquistar 205 mil votos que tive nessa eleição?, falou. Ratinho Júnior negou que havia declarado apoio ao governador licenciado. ?Requião me ligou parabenizando pelo resultados na eleição, e eu disse que estava à disposição. No entanto, ele não me procurou mais e acabou dizendo que tinha meu apoio. Sei que fez isso sem maldade, mas tudo não passou de cortesia política?, declarou.
Outro grupo
Um outro grupo de sindicalistas ligados à Força Sindical também anunciou ontem que vai com a candidatura do PMDB ao governo do estado, no segundo turno. Este grupo alega que está descontente com as alianças do PDT, que incluem partidos conservadores como o PFL, PP e PTB. O grupo anunciou que hoje deve promover um ato público na Boca Maldita, às 17 horas, promovido pelos coordenadores da campanha de reeleição do governador licenciado Roberto Requião. Entre os sindicalistas que apóiam o PMDB está o presidente da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka.