Ex-ministro Amaury Silva é enterrado em Curitiba

Morreu na manhã de domingo, em Curitiba, o ministro do Trabalho no governo João Goulart e procurador aposentado do Tribunal de Contas do Estado, Amaury de Oliveira e Silva, 78 anos. Internado desde o último dia 8 no Hospital Evangélico, com crises abdominais agudas, Amaury Silva não resistiu e morreu por volta das 10h30. Casado, deixa viúva Circe Bueno e Silva, de 75 anos, e quatro filhos: Moema Silva Michaelis, Amaury de Oliveira e Silva Júnior, Bernardo Bueno e Silva e Denyse Bueno e Silva.

Natural de Rio Negro, Amaury Silva entrou no cenário político como vereador de Londrina pelo extinto PR, que abrigava em seus quadros o ex-governador Bento Munhoz da Rocha Netto. Foi deputado estadual de 1954 a 1958, quando, atendendo convite da maior liderança trabalhista do Paraná à época, Abilon de Souza Naves, ingressou no PTB e elegeu-se para mais um mandato na Assembléia Legislativa.

Com a morte de Souza Naves, em 1959, despontou como uma principais forças trablhistas estaduais ao lado de Nelson Maculan, Léo de Almeida Naves. Chegou a ocupar a liderança do partido na AL. Em 1962, disputou o Senado com Bento Munhoz da Rocha, Moysés Lupion e Sebastião Vieira Lins. Foi eleito, em dobradinha com o correligionário Maculan.

Em junho de 1963 foi convocado pelo presidente João Goulart para o Ministério do Trabalho. Jango tinha grande ligação com o Paraná, e levou para sua equipe, além de Amaury, Léo de Almeida Neves para a poderosa Carteira Agrícola do Banco do Brasil e Nelson Maculam para o Instituto Brasileiro do Café -IBC, postos com status de primeiro escalão.

Amaury comandou o Ministério até o golpe militar que depôs o governo João Goulart, em 1964. Conseguiu escapar da prisão abrigando-se em uma embaixada, em Brasília, até providenciar a saida para o Uruguai, onde ficou exilado por oito anos. Lá estabeleceu-se e montou uma churrascaria. Quando voltou a Curitiba, foi morar na casa da irmã, Euci, seu braço direito para assuntos na área política. Só voltou à vida pública no governo de José Richa, assumindo a função de procurador do Tribunal de Contas. Permaneceu até 1993, quando se aposentou.

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