Ex-dirigentes do Banestado obtêm habeas corpus

Decisão do juiz da 2.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Sérgio Moro, concedeu ontem à tarde habeas corpus a Carlos Donizeti Spricido e José Luiz Boldrini, ex-diretores do Banestado detidos desde o início do mês, acusados de envolvimento em operações irregulares de remessa de recursos ao exterior por meio das chamadas contas CC5.

Eles foram presos no dia 3 de fevereiro, por determinação da 2ª Vara Federal Criminal, juntamente com o ex-diretor de Câmbio do Banestado, Aldo de Almeida Junior, Benedito Barbosa Neto ( gerente da Carteira de Câmbio) e Luiz Acosta (gerente da agência centro do banco em Foz do Iguaçu na época das denúncias) . O sexto denunciado, Gabriel Nunes Pires Neto, ex-diretor de Câmbio e Operações Internacionais, está preso desde novembro do ano passado. O Banestado foi vendido ao Banco Itaú, em 2000. O Ministério Público Federal acusa os ex-diretores e ex-funcionários de serem os responsáveis pela remessa ilegal de US$ 1,9 bilhão ao exterior, nos anos de 1996 e 1997.

Conforme o Ministério Público, a base das operações era a agência do Banestado em Foz do Iguaçu, onde foi realizada a maioria das operações.

Aldo Almeida, Barbosa Neto e Acosta deixaram ontem de manhã o Centro de Observação Criminológica e Triagem, também beneficiados por habeas corpus concedido na véspera pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Para o relator, desembargador federal Élcio Pinheiro de Castro, a prisão preventiva deve ser usada como último recurso, quando existe risco de fuga dos acusados, possibilidade de reincidência no crime ou impedimento das investigações, o que não ocorreu nesse caso.

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