Equador vota usando urnas do Brasil

Quito – Presidente do Tribunal Supremo Eleitoral do Equador, Nicanor Moscoso, adiantou ontem, durante reunião de avaliação das eleições municipais do último domingo, que há possibilidade de o governo daquele país ampliar significativamente o percentual de urnas eletrônicas nas eleições presidenciais de 2006.

“Ainda não conversamos formalmente sobre o assunto, mas o sucesso e a confiabilidade do sistema do sistema brasileiro junto ao povo equatoriano certamente nos obrigará a pensar com rapidez nessa possibilidade”, salientou o presidente do TSE do Equador.

Na eleição de anteontem, a Justiça Eleitoral equatoriana utilizou 700 urnas eletrônicas, das quais 400 para votação e 300 para capacitação dos eleitores e eventuais substituições. Votaram nos equipamentos cerca de 3% dos eleitores e apenas seis urnas foram substituídas.

Segundo ele, o êxito da votação eletrônica ficou claro com o comparecimento dos eleitores nas cidades com votação informatizada. De acordo com dados do TSE, Portoviejo liderou o percentual de comparecimento, com 76,4% de presença, seguida de Cuenca (73,2%), Quito (69,1%), Otavalo (62,8%) e Guayaquil (61,3%).

Para Nicanor Moscoso, a prova da confiabilidade do sistema eletrônico de votação está no próprio Brasil. “vocês tem mais de 120 milhões de eleitores e não tenho conhecimento de questionamento sobre a segurança das urnas.”

Ministro nega “exportação”

Quito – Costa Rica, Panamá, Honduras e Colômbia podem ser os próximos países a utilizarem o sistema eletrônico brasileiro de votação. O presidente do TSE, ministro Sepúlveda Pertence, reuniu-se ontem com representantes destes países para acertar os detalhes para o empréstimo da urna eletrônica. Costa Rica e Honduras realizarão eleições no início de 2005.

Pertence também defendeu o sistema eletrônico de votação. “Apesar do sucesso das urnas eletrônicas no exterior, nossos equipamentos continuam e continuarão como produtos de cooperação e não de exportação”, disse.

Conforme o ministro, a Justiça Eleitoral não tem qualquer interesse em vender urnas eletrônicas. “Nosso objetivo é dividir experiências vitoriosas com os países irmãos do continente”, afirmou Pertence.

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