Dança das cadeiras

Enquanto Gustavo Fruet entra no PDT, vereadores saem do partido

Ao mesmo tempo em que ganhou o “passe” do ex-deputado Gustavo Fruet, o PDT teve confirmada a perda de dois de seus três vereadores. Roberto Hinça e Jairo Marcelino oficializaram, ontem, sua adesão ao PSD, o novo partido, fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que teve o registro confirmado na última terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral.

As duas filiações já tinham sido antecipadas pelo presidente do novo partido em Curitiba, Ney Leprevost, na semana passada, mas os dois vereadores não confirmaram, alegando que o novo partido sequer existia ainda e que também preferiam aguardar a definição de Gustavo Fruet.

Ontem, com o partido já registrado e com Fruet anunciando sua decisão, os vereadores não perderam tempo e confirmaram a troca de partido. “Está decidido, desde ontem. Aceitei a missão de ajudar a construir um novo partido”, disse o vereador Roberto Hinça, que será o vice-presidente municipal da legenda. “E o Jairo vem junto, já temos uma bancada”, declarou.

Hinça descartou, no entanto uma relação direta entre a troca de partido e a adesão de Fruet ao PDT. “No meu caso, estou trocando única e exclusivamente para ter mais espaço, para ter minhas ideias utilizadas na construção das diretrizes do partido”, disse. “Estou só desde 2005 na vida pública e num partido grande e antigo, somos, várias vezes, vencidos pelos mais antigos. Muitas decisões vêm de cima para baixo, numa hierarquia natural, pois vêm dos fundadores do partido. Agora, serei um dos fundadores de um partido”, justificou.

O vereador confirmou que seguirá atuando na base de apoio ao prefeito Luciano Ducci (PSB), mas refutou a teoria de que o partido já estaria fechado na coligação que apoiará a reeleição de Ducci. “Todos os partidos têm que pensar em candidatura própria. Não tem sentido um partido novo não pensar. Só se, na época das convenções, sentirmos que não teremos envergadura para uma disputa dessas é que avaliaremos um plano B, que seria apoiar algum outro candidato”.