Em encontro, PPS pede aliança em 2010

No seu V Congresso Estadual, que marcou a recondução de Rubens Bueno à presidência do partido e contou com a presença do presidente nacional da legenda, Roberto Freire, o PPS do Paraná assumiu o compromisso de trabalhar para tentar manter, ou, pelo quadro atual, reconstruir, a grande aliança com PSDB, PDT, DEM e PSB firmada nas eleições municipais do ano passado com o objetivo de eleger o maior número de prefeitos e o governador do Estado no ano que vem.

O primeiro esforço neste sentido foi o convite para que os pré-candidatos do PSDB, Beto Richa, e PDT, Osmar Dias, comparecessem ao encontro. No entanto, o pedetista informou que não poderia comparecer por ter ficando em Brasília no final de semana, enquanto o tucano (que nesta semana teve de exonerar um secretário envolvido em denúncia de crime eleitoral), que havia programado a participação no congresso em sua agenda, acabou não aparecendo, sendo representado pelo presidente do partido, Valdir Rossoni e por seu irmão José Richa Filho.

“Saímos do congresso com essa decisão final. Noventa por cento de nossos delegados falaram pela manutenção dessa aliança. E isso, agora, é uma responsabilidade de todos os partidos. É legítimo que se postule candidaturas, mas dentro do grupo, sem forçar uma situação de conflito por A ou por B”, disse o presidente do partido, Rubens Bueno.

Questionado sobre se o PPS tomou, no congresso, alguma decisão quanto quem apoiaria em caso de uma disputa entre PSDB e PDT, Bueno respondeu que “a possibilidade de rompimento da aliança sequer foi discutida no encontro. Todo o trabalho é visando a consolidação desse grupo”.

Mas o discurso mais forte em favor dessa manutenção nem foi dado por um representante do PPS. O presidente estadual do DEM, Abelardo Lupion, que já havia feito o mesmo nos eventos do PDT que participou em Foz do Iguaçu e Maringá, foi o primeiro a assumir a postura crítica e cobrar coerência de todos os membros da aliança.

“Queremos estar juntos na mesma aliança e nós (DEM e PPS) fizemos direitinho a lição de casa. No ano passado, abrimos mão de candidaturas, deixando para trás interesses pessoais para manter o grupo. Agora, cobramos a mesma postura”, lembrou. “Ainda é cedo para se tratar da eleição, falta um ano para as convenções e quem fará a decisão não serão os nomes que hoje se apresentam como candidatos. Seremos nós partidos da coligação que, no momento certo, teremos de definir um nome para representar todo o grupo. Temos que assumir essa responsabilidade, não podemos nos omitir desse papel”, acrescentou.

Valdir Rossoni disse que, certamente o PSDB estará ao lado do PPS, mas não citou o PDT em seu pronunciamento. O presidente tucano, no entanto criticou a tentativa de se unir o PSDB ao PMDB para as eleições do ano que vem. “Não é esse Estado que temos hoje que queremos. Não precisamos nos aliar a eles só para ganhar a eleição. Temos é que apresentar uma alternativa. Por isso, queremos e precisamos estar juntos”, disse.