Tucanos

Em Brasília, Alckmin se aproxima de correligionários e testa sua força no PSDB

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aproveitou sua passagem por Brasília neste dois últimos dias, para se aproximar de correligionários e testar sua força dentro do PSDB. Usando temas de forte repercussão nacional, como a redução da maioridade penal, e de grande impacto político entre prefeitos e governadores, caso da revisão do pacto federativo, Alckmin participou de debates na Câmara e de uma reunião com a bancada tucana na Casa na terça-feira, 9.

Nesta quarta-feira, 10, ele tratou sobre questões de segurança pública no Seminário e apresentou propostas executadas em São Paulo na área. Para o grupo de Alckmin, mais do que o interesse nos temas, a discussão visa colocá-lo num embate nacional num momento-chave em que a sigla tem demonstrado “patinar” em alguns temas polêmicos pautados no Congresso Nacional. O gesto político da viagem do governador paulista despertou interesses. Um deles, de parte dos deputados e senadores do PSDB, é o de um posicionamento mais incisivo na direção da disputa presidencial em 2018. Inicialmente, o nome do atual presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), é considerado natural.

Questionado sobre a necessidade de fazer um “pacto de boa convivência” com Aécio, Alckmin esquivou: “Temos que trabalhar, trabalhar e trabalhar. Não está na pauta”.

O governador deve se reunir ainda nesta quarta-feira com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para discutir uma PEC com novas regras para o pagamento de precatórios. Em 2013, o Supremo declarou inconstitucional parte da Emenda 62, que previa a possibilidade de parcelamento dos precatórios em até 15 anos. Em março, a Corte deu o prazo de cinco anos para Estados e municípios quitarem a dívida. O Estado e a prefeitura de São Paulo estão entre os maiores devedores.