Dobrandino propõe “oxigenação” do PMDB

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Dobrandino: apoio a Greca
para presidente municipal.

O presidente do diretório regional do PMDB, deputado Dobrandino da Silva, está empenhado em promover uma reformulação do partido no Paraná, com vistas a fortalecê-lo para as próximas eleições.

Esse foi o tema de uma longa conversa que teve com o vice-governador Orlando Pessuti em Foz de Iguaçu, no último final de semana. Dobrandino disse que o PMDB precisa ser reoxigenado, tendo à frente dos diretórios "lideranças de ação política". Com esse objetivo, defende intervenção e até mesmo a dissolução dos diretórios municipais enfraquecidos. Curitiba estaria entre os casos críticos.

"Não podemos deixar o diretório da capital nas mãos do Doático Santos, que pode não ter sido o mentor da desastrosa aliança com o PT, mas também não atuou politicamente para fortalecer a legenda. Pelo contrário, foi contra a candidatura própria. O resultado foi o fracasso, tão ruim para o PMDB quanto para o PT. É hora de promover uma renovação para devolver ao PMDB seu antigo vigor."

Ele citou Maringá e Ponta Grossa entre os municípios que merecem atenção: "Lá, o PMDB está tão enfraquecido que nem lançou candidatos. Se queremos recuperar a sigla, e eu quero, precisamos modificar isso". Segundo ele, o governador Roberto Requião já está informado de sua movimentação e uma reunião do diretório regional, nos próximos dias, vai tratar de uma agenda e da definição dos diretórios passíveis de intervenção ou dissolução.

Apoio

Dobrandino recebeu com naturalidade a hipótese do deputado Rafael Greca vir a disputar o controle do PMDB curitibano, apesar de estar filiado há pouco mais de um ano: "Se o fizer, terá o meu apoio. Ele assinou ficha, portanto tem todas as condições para pleitear o posto. Ex-prefeito, é uma liderança forte e reconhecida em Curitiba. Em suas mãos o PMDB da capital pode acertar, depois dos erros todos que foram cometidos pelo atual comando".

O presidente regional do PMDB formou ao lado dos deputados Gustavo Fruet e Rafael Greca na luta pelo lançamento de candidato próprio em Curitiba. Os dois se apresentaram como pré-candidatos, mas foram derrotados pela cúpula municipal, defensora da coligação com o PT já no primeiro turno, contentando-se com a indicação do postulante a vice, Nizan Pereira. O partido saiu dividido da refrega. Fruet deixou o PMDB após 12 anos de militância, e acabou apoiando a candidatura do tucano Beto Richa. Greca permaneceu, mas não freqüentou o palanque da campanha da coligação Tá na Hora, Curitiba. Formalizou o seu descontentamento com a solução imposta pelo diretório e optou por ajudar apenas os candidatos a vereador.

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