Dilma é um trunfo de Gleisi Hoffmann na campanha

A coordenação da campanha da coligação Curitiba ParaTodos está preparando uma agenda para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na campanha da candidata à prefeitura, Gleisi Hoffmann (PT). A coordenação ainda não tem uma data definida para a vinda da ministra, mas pretende capitalizar o efeito de sua participação na campanha de Gleisi.

Curitiba é uma das duas capitais em que a ministra foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a colaborar na busca aos votos, atuando como cabo eleitoral dos candidatos do partido. Além das duas cidades, ela poderá, eventualmente, atuar em cidades onde o candidato for apoiado pelos partidos da coalizão do governo Lula.

Para Gleisi, Dilma pode oferecer um impulso extra à campanha petista em Curitiba. “Eu e a ministra Dilma temos uma relação próxima de amizade, de militância política. Nós trabalhamos juntas na equipe de transição para o governo Lula e a Dilma conhece bem o meu trabalho. Ela vem para dar um referendo muito importante para a nossa campanha”, afirmou a candidata.

A vinda da ministra se encaixa na estratégia de campanha dos petistas de mostrar o resultado do Programa de Aceleração Econômica (PAC) em Curitiba. Conhecida como “mãe do PAC”, a ministra daria o aval necessário aos investimentos que o governo federal fez na capital e que, em alguns casos, a coordenação da campanha constatou que estão sendo capitalizados pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), já que o município também participa com a contrapartida de investimentos.

Conforme dados fornecidos pela assessoria da candidata, Curitiba está recebendo do governo federal R$ 70,9 milhões do PAC. Os recursos estão sendo aplicados em obras de urbanização de vilas e regularização fundiária, nas bacias do Rio Belém, Formosa, Iguaçu e Ribeirão dos Padilha. A contrapartida da prefeitura seria de R$ 17,7 milhões.

Apesar das denúncias da oposição contra a ministra, que foi acusada de vazar um dossiê sobre os gastos do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e também de envolvimento em irregularidades no processo de venda da Varig, a avaliação do PT local é que nada “colou” na ministra, que continua sendo um dos nomes fortes do primeiro escalão do governo Lula.