Dilma diz que não precisa de tranquilizante para debate

Numa provocação direta ao tucano José Serra, a candidata petista Dilma Rousseff afirmou que não precisa de Lexotan (um tranquilizante muito popular) para enfrentar o debate entre os presidenciáveis que será realizado na quinta-feira, pelo Grupo Bandeirantes. Em compensação, acha que seu adversário mais direto precisará de muitos deles. “Acho que carregar um governo como o do presidente Lula é uma tarefa leve. Outros governos é que são pesados. Aí a pessoa vai precisar de vários Lexotan”, disse Dilma, durante entrevista no comitê de campanha do Lago Sul, um dos três que tem em Brasília.

A petista – que decidiu passar os dois dias que antecedem o debate com Serra, Marina Silva (PV) e Plínio Arruda Sampaio (PSOL) concentrada nos preparativos para evitar cair em armadilhas, ao mesmo tempo em que tentará se mostrar pronta para assumir a Presidência do País – cancelou toda sua agenda pública. Disse que está preparada.

“Estou me preparando há muito tempo. Não é só para esse debate. No meu dia a dia de campanha procuro cada vez estudar mais.” Segundo Dilma, os preparativos não miram somente a campanha, mas o governo, caso seja eleita. “Acredito que para governar bem é preciso ter conhecimento profundo da realidade do País, da situação das diferentes regiões. Sempre me aprofundo nos temas.”

Lula

A ex-ministra deu uma mostra de como vai agir no debate, sempre procurando vincular seu nome ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É um prazer defender o governo do presidente Lula, pelas realizações que ele conseguiu concretizar nesses sete anos e meio”, afirmou.

Indagada se terá tranquilidade para enfrentar provocações, ela reagiu: “Vocês acreditam que um debate é um torneio de provocações? Eu não.” E provocou: “Só palavras não adiantam nada. Tem de mostrar o que fez. Há uma diferença entre o dizer e o fazer. Eu já disse. Não vou descer o nível nessa campanha nem que alguém queira.”