Dilma diz que Aécio deveria explicar sobre aeroporto

Numa reação a seus dois principais adversários, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira, 26, que o senador Aécio Neves (PSDB), antes de criticar o PT, deveria explicar o aeroporto de Cláudio (MG). A petista também criticou a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB) e afirmou que não é especialidade dela o funcionamento do setor de energia no País.

Hoje mais cedo, o tucano argumentou que o governo do PT ensinou a “mentir e a roubar”. Questionada sobre a declaração no final desta tarde, Dilma respondeu: “lamento que o candidato Aécio fale uma coisa desse tipo, porque eu tenho certeza de que ele deveria antes responder sobre a questão do aeroporto (em Cláudio)”. Alegando que “o uso indevido de bens públicos é algo muito grave”, Dilma emendou: “em vez de ficar fazendo acusações genéricas e jogando-as ao vento, ele deveria responder por que quem tinha a chave do aeroporto era o seu tio”.

Em julho, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o governo de Minas Gerais, durante o segundo mandato de Aécio, gastou quase R$ 14 milhões para construir um aeroporto dentro de um terreno desapropriado da fazenda de um tio-avô do tucano. A pista está localizada a 6 quilômetros de uma propriedade da família do senador.

Energia

Em coletiva de imprensa realizada hoje no Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília, Dilma também mirou a candidata do PSB. A petista foi perguntada sobre a declaração atribuída à ex-ministra de que faltaria energia caso o País estivesse crescendo mais. “Não é a especialidade da dona Marina a questão da energia no Brasil. Nós aumentamos e ampliamos as redes de transmissão e de fornecimento (de energia) nos meus quatro anos de governo”, disse a petista.

Ex-ministra de Minas e Energia, Dilma citou dados sobre o setor. Ela destacou que, em sua administração, fez “o dobro” em linhas de transmissão do que no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e “quase a mesma quantia” em geração de energia.

“Nós garantimos, diante da maior seca que o País passou, que não houvesse racionamento. E para vocês terem uma ideia, esta seca é mais forte do a que provocou o racionamento em 2001 e 2002. Ela é mais forte. Se ocorresse naquela época, a situação seria muito pior”, disse. A presidente afirmou que seu governo tem planejamento para o setor elétrico e disse que as térmicas foram despachadas para garantir o abastecimento de energia em um período com os reservatórios em baixa.