Deputados tucanos não querem o PMDB

O líder da bancada estadual do PSDB, Ademar Traiano, antecipou ontem que vai dizer ao pré-candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, que não há condições para uma aliança estadual com o PMDB no Paraná. Traiano e o presidente estadual do partido, Valdir Rossoni, têm reunião marcada hoje, 18, com Alckmin e Jereissati, em Brasília, para discutir a posição tucana na eleição para o governo do Estado.

"Não é só a vida do presidente e do governador que interessa. Os deputados estaduais também contam. O partido também tem que ter presença estadual", afirmou Traiano, admitindo que a resistência tucana a uma coligação com o PMDB se deve, sobretudo, ao potencial eleitoral da chapa proporcional peemedebista, considerada forte. "O fato de querermos garantir a nossa volta é um indicador", comentou o líder da bancada.

Conforme Traiano, a posição majoritária no partido é favorável a que o PSDB faça coligação apenas com os partidos de oposição ao Palácio Iguaçu. "Nós vamos defender o que é importante para o PSDB. Temos que ter um palanque no estado. É bom para o Alckmin e muito melhor para nós", disse. Traiano reafirmou que qualquer acordo fora do espectro PFL, PSB e PDT está no plano da especulação.

A posição que Traiano e Rossoni estão levando à cúpula tucana não contempla todo o partido. O presidente da Assembléia Legislativa e vice-presidente estadual do PSDB, Hermas Brandão, defende que os tucanos façam no Paraná as alianças que mais ajudarem a Alckmin, incluindo um acordo com o governador Roberto Requião (PMDB).

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