DEM faz coro com tucanos na sucessão

O vice-presidente estadual do DEM, deputado estadual Durval Amaral, afinou posições com o PSDB e disse que não existe a menor condição de a oposição definir o candidato ao governo antes de 2010, como defendem os pedetistas e aliados da candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo. “Não tem como cobrar apoio antecipado. Porque só na época da convenção é que nós teremos condições de saber quem está mais preparado para ser candidato ao governo”, disse Amaral, que reforça a posição dos tucanos em adiar a decisão para abril de 2010.

Cobrar a escolha agora é favorecer os adversários, acredita o dirigente do DEM, cujo presidente estadual, deputado federal Abelardo Lupion, já se declarou pelo apoio a Osmar. Para Amaral, os senadores Osmar e Alvaro Dias (PSDB) e o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB) têm condições de vencer a eleição do próximo ano, desde que sejam candidatos únicos do grupo. Este cenário, segundo Amaral, não exige nem recomenda pressa na decisão sobre quem deva ser o candidato à sucessão do governador Roberto Requião (PMDB).

“Nós já sabemos que o PT não tem um candidato à altura. Que o PMDB tem um candidato definido, mas que terá que trabalhar muito para ser viável. Então, nós sabemos que qualquer um dos três que seja o candidato consensual do grupo será o próximo governador do Paraná”, argumentou o deputado.

Linha divisória

As negociações entre tucanos e peemedebistas de um lado e pedetistas e petistas do outro são as “ameaças” que pairam sobre o grupo, neste momento. “Há uma situação que exclui a premissa de que podemos estar juntos. É a negociação para obter apoio do PMDB e do PT. Isto é investir na cisão porque estamos há oito anos fazendo oposição aos governos estadual e federal e a sociedade seria implacável com esses acordos”, analisou.

Para Amaral, as conversas entre os quatro partidos podem ocorrer, mas não podem ultrapassar um determinado limite. “Conversar não faz mal porque faz parte do jogo político e da democracia. Qualquer político habilidoso tem que conversar com todos os segmentos. Conversar tudo bem, mas não pode levar a cabo esses acordos”, afirmou.