CPI do Banestado requisita inquérito

A CPI do Banestado requisitou ao Ministério Público inquérito civil iniciado a partir de denúncia anônima envolvendo o banco e, entre outras empresas, a DM Construtora de Obras Ltda., seus sócios-proprietários e gerentes. Em maio de 1998, a DM renegociou uma dívida de R$ 15 milhõs com o banco. Em setembro, a empresa recebeu depósito da Copel no valor de R$ 15,3 milhões em dinheiro.

No mesmo dia, fez uma transferência de R$ 5,8 milhões e, posteriormente, outra de R$ 4,1 milhões para a conta da empresa Silver Cloud – Distribuidora de Gêneros Alimentícios Ltda. Segundo o presidente da comissão, deputado Neivo Beraldin (PDT), tudo leva a crer que se trata de uma empresa “laranja”, devido a incompatibilidade da movimentação financeira com seu capital social.

Apesar desse dinheiro ter circulado em agências do banco em contas da DM e da Silver Cloud, a DM conseguiu abater sua dívida com o Banestado em R$ 7,6 milhões. Beraldin, que vai pedir a quebra de sigilo bancário da Silver Cloud, lembrou que a Copel, conforme as investigações já apuraram, cliente da DM, se dispunha a manter aplicações no Banestado para cobrir a diferença de taxas de juros cobradas pelo banco.Este captava do mercado em CDI e emprestava à DM com taxa TBF “seca”, que corresponde a apenas 50% da CDI.

“O que acontecia era que várias construtoras que tinham créditos junto á Copel emprestavam dinheiro do Banestado com taxas beneficiadas e em troca a Copel mantinha dinheiro aplicado no banco para que este não tivésse prejuízo”, afirmou Beraldin.

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