Segurança

Comissão vai ouvir secretário sobre soluções para conter criminalidade

O alto comando da área de segurança do Estado foi convidado pela Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa a comparecer a uma reunião pública para explicar os planos do governo para reduzir os índices de violência no estado. O secretário de Segurança, Reinaldo de Almeida Cesar, já se comprometeu com o presidente da Comissão, Mauro Moraes (PSDB), a ir à Assembleia Legislativa para expor seu projeto de trabalho no dia 25, após os feriados de Páscoa.

Almeida Cesar prometeu ir à AL acompanhado pelo comandante geral da Polícia Militar, Marcos Scheremeta; do delegado geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Costa Michelotto; além do diretor geral do Detran, Marcos Traad; e do diretor do Instituto de Criminalística do Paraná (IC), Carlos Lima.

Na próxima segunda-feira, Moraes reúne os demais seis membros da Comissão para organizar a reunião com o secretário e seus principais auxiliares. “Nós queremos saber o que vai ser feito para combater a violência no Paraná. Nós chegamos à uma situação que nos envergonha. A criminalidade no nosso estado está na frente do Rio de Janeiro e São Paulo”, comparou o deputado.

Para Moraes, o atual governo encontrou uma situação caótica na área. Mas feito o diagnóstico, é preciso apresentar soluções. “A segurança está sucateada. Todos já sabemos disso. Não podemos ficar agora nos reportando ao passado. Temos que buscar soluções. Não dá mais para esperar”, afirmou o deputado tucano.

Orçamento

Moraes disse ainda que a Comissão vai negociar com o governo um reforço no orçamento para a área este ano. De acordo com o presidente da Comissão, apesar de o orçamento ter sido herdado do governo anterior, é possível ampliar os investimentos por meio de abertura de créditos adicionais e remanejamentos de recursos. Moraes estima que seriam necessários mais R$ 500 milhões para o setor para completar as verbas deste ano.

Moraes disse que a Comissão vai cobrar ações do governo. Na legislatura passada, Moraes perdeu a presidência da Comissão de Segurança depois de vários desencontros com o seu então partido, o PMDB. Uma das causas do conflito foram suas críticas à política de segurança e ao ex-secretário Luiz Fernando Delazari.

“Sou aliado do governo, assim como era do anterior. Mas minha postura não muda. Vou continuar cobrando. Acho que agora vamos nos entender melhor porque o secretário já se dispôs a vir conversar. Antes, nós tivemos que  convocar o secretário”, comparou.