Chalita diz que Serra perde de qualquer adversário no segundo turno

 Em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto, o pemedebista Gabriel Chalita afirmou que José Serra é quem tem a menor chance de vencer a eleição à Prefeitura de São Paulo caso o tucano dispute o segundo turno.

“Serra, com a rejeição que tem hoje, não ganha nem do Russomanno nem ganha do Haddad. O candidato mais rejeitado é o que tem maiores dificuldades no segundo turno”, afirmou Chalita.

O ex-deputado disse acreditar que estará no segundo turno, já que apresentou crescimento nas pesquisas da última semana.

“Quem está em embaixo e começa a subir na última semana, a tendência é que essa pessoa esteja lá. Quem está caindo, a tendência é cair. Não dá tempo de segurar a queda”, disse o pemedebista, citando Celso Russomanno (PRB) que caiu cinco pontos na pesquisa Datafolha divulgada ontem em relação ao levantamento da semana anterior.
Apesar de ter tido Serra como alvo principal durante a campanha, Chalita disse que seria “bem-vindo” receber apoio do tucano no segundo turno.

O candidato falou ainda do chamado “efeito Luiza Erundina”, que venceu a eleição de 1988 de virada sobre Paulo Maluf na última semana. Naquela eleição, não havia segundo turno.

Chalita disse que está em vantagem em comparação aos outros adversários por ter a menor rejeição.
“A nossa vantagem é que independentemente do outro do segundo turno é a candidatura que une mais as pessoas. Por isso, é a candidatura que as pessoas se preocupavam mais.”

Missa

O pemedebista fez uma caminhada de mais de duas horas pelo centro da cidade. Ele saiu do Largo São Francisco e foi até a praça da Sé.

Antes do ato de campanha, Chalita participou da missa na Paróquia São Francisco de Assis, onde rezou e comungou.
A presença do candidato com jornalistas e correligionários irritou o padre.

“Ele não avisou que viria”, disse frei Anacleto Luiz Gapski, pedindo para que os membros da campanha saíssem da igreja.

Ao final da missa, Anacleto pegou o microfone e disse que igreja não é lugar para fazer campanha e que não estava apoiando o candidato.

Chalita minimizou a reação do padre. “Ele não ficou irritado. Iria começar outra missa e tinha muita gente.”