Cassado, Cunha Lima nega ser ‘irresponsável’

Cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), defendeu-se nesta terça-feira (25) da acusação de se aproveitar da maioria na Assembléia Legislativa estadual para aumentar, de última hora, várias categorias de servidores públicos e, assim, inviabilizar a gestão do sucessor – o segundo mais votado na eleição, José Maranhão (PMDB). “Não sou irresponsável”, afirmou Cunha Lima, que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reaver o mandato.

“Tenho adotado uma política de valorização dos servidores e colocado em prática um plano de cargos, carreira e remuneração. O que foi aprovado nesta segunda-feira foi a 31ª ação dentro desse plano, e os aumentos das categorias beneficiadas já haviam sido anunciados. O pessoal da saúde, magistério, auditores fiscais, policiais civis e militares foram algumas das categorias já contempladas anteriormente”, explicou Cunha Lima. Ele também afirmou que a Paraíba tem as finanças equilibradas, com “um superávit primário de R$ 300 milhões e um superávit nominal de R$ 100 milhões.”

Cunha Lima disse estar confiante de que reverterá a decisão de cassar seu mandato. “Não fui cassado por compra de votos, mas por suposto uso promocional de programa de governo. Não há uma só foto, um vídeo, um testemunho provando que eu entreguei cheque a eleitor”, disse. Ele ainda aponta que houve cerceamento da defesa de seu vice, José Lacerda Neto, que também foi cassado.