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Capivara vai voltar para os parques na gestão Greca: “Não vai ter piada na internet”

Rafael Greca (PMN), prefeito eleito em Curitiba, está realmente com muita vontade de trabalhar, mas os projetos, que antes eram apenas promessas, devem começar a ser analisados com calma. De início, o prefeito prometeu que sua liderança não vai ser marcada por piadas nas redes sociais e que a prefeitura de Curitiba vai trabalhar em favor da população.

Em entrevista à Gazeta do Povo, Greca afirmou que ainda não tem nomes para as secretarias da prefeitura, exceto a da saúde, como já foi divulgado, que vai ser João Carlos Baracho, mas destacou que para estes cargos vai escolher técnicos e não nomes indicados. A reintegração, ponto forte tanto na campanha de Greca como também de seu oponente, Ney Leprevost (PSD), é um compromisso que os curitibanos podem considerar já conseguido, segundo Rafael Greca.

Greca disse ainda que vai servir Curitiba com amor. O prefeito eleito adiantou que logo deve lançar o livro ‘Luz dos Pinhais‘, que conta, em 600 páginas, a história da capital do Paraná. ‘Grande imagem de Curitiba será celebrada por mim com o lançamento deste livro. Não quero ser lembrado pelo que já fiz, mas sim pelo que agora estamos começando a fazer. É um recomeço‘, finalizou.

Veja o que disse o prefeito eleito sobre o balanço da campanha:

Campanha limpa: ‘Fiz uma campanha limpa, com o coração e com a realidade. Não usei atores, meus personagens eram verdadeiros. A turma que me fazia perder a eleição está no presidio e quem bancava as campanhas dessas pessoas não pagam mais, por isso fui eleito. Não fiz campanha de marketing, fiz campanha de realidade‘.

Abstenções, nulos e brancos: ‘Prefeito contribuiu para que isso acontecesse, fazendo feriado para os servidores públicos. Mas também atribuo isso às pessoas iludidas, que viram seus heróis sendo presos na Lava Jato. Temos que reconquistá-los para a democracia‘.

Mágoas: ‘Não são rancores, são sequelas. Só vão cicatrizar quando as injustiças forem reparadas, quando me pedirem desculpas. Por Curitiba tem conversa com todos, mas espero pedidos de desculpas por não ter sido verdade o que disseram sobre mim. Mas também, se não tiver, não tem problema, porque a relação vai ser com o povo‘.

Transição: “Vamos à casa de transição nesta quinta-feira (3). Gostaria que fosse no Ippuc, porque quero restaurar no imaginário dos curitibanos a certeza de que o Ippuc voltará a funcionar”.

Contato com Fruet: ‘Primeiro vou fazer uma auditoria, fazer as coisas com segurança, não posso dizer qualquer coisa só por dizer. Estamos mexendo com a vida de uma cidade. Depois vamos decidir e pedir tudo na transição‘.

O que fica: “Tudo que é bom vai continuar, mas ainda não tive tempo de pensar isso. Mas a capivara não, ela vai voltar para a paz dos parques. Não vai haver piada na internet, chega de piada. A realidade será abordada, a página da prefeitura no Facebook vai informar em plenitude e vai ser um instrumento para a contemplação do que é feito pela prefeitura. Deixem em paz as capivaras‘.

Sem ditadura: ‘O flagelo do mundo moderno é cada grupo querer impor aos outros a sua maneira de pensar, sem tolerância nenhuma com os outros. As pessoas têm que se tolerar e o prefeito é o guardião dessa harmonia dos diversos grupos. O que não pode haver é a ditadura de um grupo sobre os outros‘.

Prefeitura aberta: ‘A prefeitura vai ser online, totalmente transparente e aberta. Não quero errar, nem fazer nada irregular, mas vou fazer tudo pelo interesse do povo. Não tenho compromisso com interesse econômico, nem com bandeiras partidárias. Quero restaurar o brasão de Curitiba‘.

Fundação de Ação Social (FAS): ‘Margarita (primeira-dama) não vai ser a presidente da FAS. Assim como nas secretarias, vão ser técnicos. Ela, principalmente, vai se dedicar à mãe dela, que está passando por um momento difícil de doença e precisa da atenção da filha‘.

Moradores de rua: ‘O episódio dos moradores de rua me permitiu fazer com que a cidade deixasse de ser hipócrita e percebesse o povo caído nas ruas. Eu sempre percebi e eles serão olhados. A frase foi editada, aproveitada, escarnecida, mas os escarnecedores tiveram seu dia de Justiça. Importante é que não falei por mal, falei pedagogicamente porque não se pode preparar jovens para o serviço social mentindo, falando que, por exemplo, moradores de rua cheiram bem. O que eles precisam é de atenção‘.

Metrô não sai: ‘Se a gente pode ter um transporte de superfície, porque precisamos fazer um transporte enterrado? De qualquer forma, haverá contato inteligente em Brasília. Duvido que o dinheiro exista em Brasília (para o metrô). Não vou perder tempo fazendo atos federais, acreditando em conto da carochinha‘.

Reintegração: ‘Quando, no palanque comemorando a vitória, dei a mão ao Beto Richa, firmei meu compromisso. Minha mão representou a CIC e a mão dele Colombo, voltando Colombo/CIC e a reintegração. Nesta quinta-feira (3), vamos conversar para tratar do assunto‘.

Apoio político: ‘Não houve nenhum pedido neste sentido (de participar da futura campanha para que Beto Richa seja senador). Agora não é hora mais de política, é hora de nos ocuparmos fortemente da restauração da eficácia dos serviços públicos de Curitiba em escala metropolitana‘.

Chico do Uberaba: ‘Chico do Uberaba quer ser presidente do PMN, que é o meu partido, que agora tem grande importância em Curitiba. Vamos trabalhar para que o PMN seja importante e ele (o Chico) tem um papel muito importante como presidente do meu partido, então ele não será secretário. Ele nunca pediu isso pra mim, isso foi plantado por haters‘.

Na Câmara de Vereadores: ‘Não vou apontar quem pode ser o presidente da casa. Os vereadores têm a competência e eu me relacionarei com todos eles de maneira republicana‘.