Definido o quadro para o segundo turno, com Beto Richa (PSDB) da coligação Curitiba Melhor Pra Você e Angelo Vanhoni (PT), da coligação Tá na Hora Curitiba, começam agora as conversas com os demais candidatos e partidos em busca de apoio e a definição de estratégias para a nova etapa da campanha.
Com PSDB e PT frente afrente, Curitiba, como São Paulo, pode se tornar uma espécie de prévia para 2006. Tanto o tucano quanto o petista esperam ter em seus palanques as estrelas nacionais de seus partidos.
Com menos candidatos petistas disputando o segundo turno em capitais e em cidades importantes, Vanhoni acredita que haverá mais tempo para Curitiba. ?Acredito que o esforço do PT e do governo federal possa estar mais presente no segundo turno?, afirmou.
Richa espera ter o apoio de várias lideranças nacionais da legenda, entre elas o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; o de Minas Gerais, Aécio Neves; do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e do candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra.
Mas, agora, os dois estão voltados para os apoios internos e informam que vão conversar com todos os partidos. Rubens Bueno (PPS), da coligação do Voto Limpo, que fez mais de 20% dos votos, é o principal alvo tanto de Beto quanto de Vanhoni. Com índices discretos atribuídos pela pesquisa Ibope ao longo da campanha, Bueno surpreendeu os adversários com performance das mais eficientes.
Decisão
Mas seu apoio, para este ou aquele candidato, vai passar por discussão interna que começa amanhã, em reunião nacional do PPS em São Paulo: ?Ninguém vai pôr as mão no partido?, frisou Rubens enfatizando que qualquer decisão será do conjunto do partido e do PHS, que foi a legenda coligada no primeiro turno.
O PT, conforme adiantou o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, não só tem grande interesse em ter Bueno no palanque no segundo turno como gostaria de vê-lo ?na equipe de Vanhoni na próxima administração municipal?.
Quase ninguém será desprezado na reta final. ?Se comungarem dos mesmos ideais, todos serão bem-vindos?, garantiu Richa. ?Nós vamos conversar e convidar os partidos para que se integrem a essa proposta de mudança na forma de governar Curitiba?, rebate Vanhoni. ?Não conversei com ninguém, ainda. Vou conversar com todos os candidatos. Mas não vamos procurar aqueles que estiverem próximos do candidato que representa a Prefeitura. O Rubens é uma possibilidade?, disse o petista.
O apoio que não parece mobilizar nenhum dos dois candidatos é o do prefeito Cassio Taniguchi (PFL).