Câmara de Pontal do Paraná quer cassar o prefeito

A Câmara de Pontal do Paraná aprovou por seis votos a três a abertura de processo de cassação contra o prefeito da cidade, Rudisney Gimenes (PMDB). A votação ocorreu anteontem, no início dos trabalhos do legislativo de Pontal, quando foi lida a denúncia em plenário, em que Gimenes é acusado de ser o responsável pela não aprovação do Orçamento de 2007 e de ofender a imagem da Câmara, entre outras acusações. Hoje deve ser instalada a comissão processante, sendo escolhidos o presidente e o relator, que terão 90 dias para fazer as investigações.

De acordo com nota divulgada pela Câmara, o Legislativo recebeu denúncia do político do PP Donizete da Silva, em que acusa o prefeito de Pontal do Paraná de transgredir, ?sistematicamente, as normas e os deveres relativos ao exercício do cargo?. Segundo a denúncia, Gimenes é acusado de modificar o valor da planta genérica de valor imobiliário do município (IPTU), através de decreto executivo, ?além de utilizar o site da prefeitura, para promover intriga entre os poderes e denegrir a imagem do Poder Legislativo?.

A assessoria da Câmara informou que a composição da comissão foi escolhida por sorteio, ficando a cargo dos vereadores: Alexandre Pereira (atual presidente da Câmara, PDT), Sebastião Carlesso e Arlindo do Nascimento. Carlesso e Nascimento já foram do PMDB, mas hoje estão sem legenda.

Disputa Política

O prefeito afirmou ontem que, desde a discussão do orçamento municipal, está acontecendo uma disputa política em Pontal do Paraná. ?Tivemos que conseguir uma liminar na Justiça para autorizar a execução do orçamento, que não foi aprovado pela Câmara. Eles não cumpriram a função deles e eu entrei com uma ação de improbidade, que está correndo no fórum de Paranaguá?, disse.

Segundo Gimenes, alguns vereadores queriam dinheiro para apoiar as decisões da prefeitura e a negativa é o motivo da disputa. ?Não vamos nos render ao ?mensalão?, declarou. Para o prefeito, não há motivos para a cassação, já que as contas da prefeitura estão aprovadas pelo Tribunal de Contas. 

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