O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), rechaça a ideia de que foi o maior prejudicado com a derrota de seu candidato, Luciano Ducci (PSB), na eleição em Curitiba.
Ducci ficou em terceiro lugar, com 26% dos votos, e deixou de ir ao segundo turno, que será disputado entre Ratinho Junior (PSC) e Gustavo Fruet (PDT). “Os adversários tentam jogar [a derrota] no meu colo”, disse ele, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (8). “Mas não é o fim do mundo.”
Com o terceiro lugar de Ducci, que era o atual prefeito de Curitiba, Richa perde poder no maior colégio eleitoral do Estado, o que, para analistas, compromete sua reeleição em 2014.
O tucano, porém, disse que “prefeito em cidade pequena transfere mais votos que em cidade grande” e lembrou exemplos onde o PT de Lula e Dilma não conseguiu eleger seus candidatos neste ano. O PSDB conquistou 78 prefeituras no Estado já no primeiro turno.
“O Lula entrou de cabeça na eleição lá de Pernambuco –e, por sinal, ele é bem avaliado lá, tanto ele quanto a presidente Dilma. E o Humberto Costa, ex-ministro, não foi para o segundo turno”, afirmou Richa, que ainda citou os casos de Belo Horizonte e Londrina (PR), onde os candidatos Patrus Ananias (PT) e Márcia Lopes (PT) também não passaram ao segundo turno.
“Não se consegue mais transferir votos com facilidade como era antes. Hoje, o eleitor está focado exclusivamente no candidato, nas suas propostas e só. Não está focado em quem o apoia”, disse o governador. Richa ainda não definiu quem irá apoiar no segundo turno em Curitiba, e disse que não descarta ficar neutro na disputa.