O candidato do PSDB ao governo do Paraná, Beto Richa (PSDB) disse ontem, em entrevista à rádio Bandnews, que esta campanha é a mais “suja” que já participou.
Ele atribuiu a série de ataques e denúncias que marcaram as últimas semanas da campanha a seu adversário, Osmar Dias (PDT).
“Osmar tentou em todos os momentos me colocar contra os professores, com jornais apreendidos em vários comitês dele pela Justiça Eleitoral”, disse, alegando que apenas se defendeu. “Mostramos fatos verídicos. Ou ele nega que o Roberto Requião falou da compra ilícita de uma fazenda no Tocantins? Ou ele nega que duas vezes foi autor de uma lei acabando com a indenização do FGTS por demissão por justa causa? Ou ele nega que votou a favor da CPMF?”, atacou.
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| Beto: “Ele apertou a mão do Serra”. |
Beto também voltou a comentar o período pré-convenções, em que Osmar quase fechou aliança com o PSDB. “Ele apertou a mão do Serra, em junho, às vésperas da convenção, e falava horrores do PT. Hoje está abraçado (com o PT). Agora o PT é o melhor partido do mundo”, disse. “Então, as pessoas têm que ter compromisso com a verdade, têm que ter palavra”, disse.
O tucano também comentou a impugnação das pesquisas. “Nenhum candidato tem o poder de impugnar. Nossa equipe detectou algumas falhas, entrou com ação e o TRE entendeu que realmente tinham falhas no formulário das pesquisas. Os institutos não atenderam as exigências da Justiça Eleitoral. Há uma queda de braço entre os institutos e a Justiça. Não tem nada de abuso, muito menos censura, temos, como cidadão de bem, que acatar decisões judiciais. Se os institutos teimam em não adequar sua metodologia às exigência da justiça, é porque tem algo errado”, declarou, citando que pesquisas equivocadas podem ter sido definitivas para a derrota de Osmar Dias para Roberto Requião (PMDB) em 2006.
“Em 2006, as pesquisas davam 15 pontos de vantagem para o adversário deles e a diferença foi de 10 mil votos. Dois prefeitos que o candidato possa ter perdido levados pela pesquisa, decidiram a eleição”, disse.
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| Osmar: “Ele está ficando famoso”. |
Também na Bandnews, Osmar Dias respondeu ao tucano, e disse que não fez nenhuma agressão a seu adversário. “Quem agrediu a minha família, a mim, foi meu adversário. Quando eu falo que ele não resolveu a questão do lixo de Curitiba, não estou agredindo, estou revelando um fato. Quando falo que ele prometeu ficar quatro anos na prefeitura de Curitiba e não ficou, abandonando a população de Curitiba, não estou agredindo, estou citando um fato. É diferente da agressão pessoal. Eu fiquei sereno, tranquilo, apresentando propostas e respeitando meu adversário. O mesmo não aconteceu com ele”, declarou.
Osmar disse ainda que foram as agressões de Beto que fizeram com que seu irmão, o senador tucano Alvaro Dias, quebrasse o silêncio sobre as eleições estaduais e declarasse seu voto em Osmar.
“Qualquer família que seja atacada se une e os ataques que recebi de forma covarde tiveram reação de toda a minha família, inclusive do Alvaro, que manifestou o seu voto mesmo sendo do partido do ex-prefeito de Curitiba, porque acima de tudo está a família, está o projeto”.
Sobre as pesquisas, Osmar disse que, apesar de ter críticas aos institutos, jamais impugnou um levantamento nas eleições que participou e ironizou o fato de o caso ter sido tema de matéria do Jornal Nacional.
“Meu adversário está ficando muito famoso. Primeiro, apareceu no Fantástico, com o Caixa 2, agora, no Jorn,al Nacional, por impugnar todas as pesquisas”, disse.