Beto admite deixar comando do PSDB no Paraná

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Beto: decisão só após consulta.

O prefeito eleito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), estuda renunciar à presidência estadual do PSDB a partir de janeiro, quando assumir a prefeitura. Beto disse que considera prematuro discutir sua permanência agora, mas que no início de 2005 irá reunir os tucanos mais próximos para fazer uma consulta que irá orientar sua decisão.

Conforme alguns colaboradores de Beto, no interior, os diretórios do partido preferem que ele continue no comando, mesmo com as restrições que terá para visitar os municípios que estarão se preparando para as eleições de 2006. Mas Beto ponderou que tem receio de não conseguir conciliar a Prefeitura de Curitiba com o trabalho exigido de um dirigente partidário, cuja atuação deve ser obrigatoriamente em todo o Estado. "Imagino que possa ter certa dificuldade porque tenho que estar todo o tempo em Curitiba e não vou poder percorrer o Estado", comentou.

O 1.º vice-presidente do PSDB do Paraná é o deputado estadual Hermas Brandão. Foi ele que respondeu pelo partido durante a campanha eleitoral deste ano, quando Beto se licenciou da presidência regional. Para Beto, Brandão pode reassumir a função novamente, sem nenhum prejuízo para o partido, se ele decidir se afastar. "Ele tem plenas condições de tocar o partido", comentou.

Sucessão

Enquanto o prefeito eleito de Curitiba não se decide, os deputados estaduais tucanos já estão preparando a sucessão. Em reunião na semana passada, a bancada decidiu que quando Beto deixar o cargo, no início de 2005, ou no prazo de vencimento do seu mandato, em dezembro do próximo ano, vão apoiar um deputado estadual para a presidência do partido.

O argumento dos deputados é que o processo de sucessão estadual já estará a pleno vapor em 2005 e a condução do partido tem que ficar a cargo de um nome que não tenha interesse direto na disputa majoritária, ou seja, que não esteja postulando uma candidatura ao governo ou ao Senado. Nesse caso, o consenso dos deputados elimina o nome de Brandão como sucessor de Beto – o presidente da Assembléia Legislativa quer concorrer ao Senado – mas também tira do jogo o senador Álvaro Dias, que cogita disputar novamente o governo.

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