Dança das cadeiras

Bernardo Carli na Assembleia de carona na licença de Bertoldi

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB) convocou, na abertura da sessão desta quarta-feira, o suplente de deputado Bernardo Ribas Carli (PSB) para tomar posse em substituição a Osmar Bertoldi (DEM) que protocolou junto à Mesa Executiva da Casa pedido de licença por 120 dias para tratamento de saúde. O pedido foi acompanhado de um atestado médico, assinado pelo clínico-geral Edison Azuma, sem detalhar a que tipo de tratamento o deputado será submetido.

Bernardo Carli é irmão do ex-deputado Fernando Ribas Carli, que renunciou ao mandato em 2009 após causar um acidente de trânsito com duas vítimas fatais. Filho do prefeito de Guarapuava Fernando Ribas Carli, disputou a eleição de 2010 para ocupar o espaço deixado pelo irmão e conseguiu ser o terceiro suplente da coligação PSDB/DEM/PP/PTB/PSB, com 33,6 mil votos, com Wilson Quinteiro (PSB) nomeado secretário de Estado e Duílio Genari (PP) já na Assembleia, Bernardo seria o próximo da lsita.

Com o afastamento de Bertoldi, Rossoni anunciou a posse do suplente da coligação, respeitando a legislação eleitoral, apesar de, em recente decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, a vaga de suplente de Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) tenha sido dada ao suplente do partido, Gilberto Martin (PMDB) ao invés do da coligação, Elton Welter (PT).

“É entendimento desta presidência que a vaga pertença ao partido. Só foi diferente, no outro caso, por orça de uma liminar da Justiça. Se houver nova decisão judicial determinando que procedamos de maneira diferente, cumpriremos a decisão”, disse Rossoni.

A vaga de Bertoldi pode ser pedida pelo DEM, que já teria condições de reivindicar a vaga de Durval Amaral, hoje ocupada por Duílio Genari sem que o primeiro suplente do partido, vereador de Curitiba Sabino Picolo tenha reivindicado a cadeira na Justiça. Agora, o segundo suplente do DEM, vereador de Pato Branco Guto Silva (DEM), o 85º candidato mais votado nas eleições do ano passado, com 23,4 mil votos.

Se o primeiro suplente do DEM, Sabino Picolo, não reivindicou a vaga para não ter que renunciar ao cargo de vereador e correr o risco de ficar sem nenhuma das cadeiras caso o Supremo Tribunal Federal decida pela suplência da coligação, o segundo suplente pensa diferente. Mesmo também tendo que renunciar à Câmara Municipal e mesmo a licença de Bertoldi sendo temporária (120 dias inicialmente), Guto Silva disse estar disposto a brigar pela vaga na Assembleia e revelou já estar com o pedido de liminar pronto. “Vamos analisar a questão jurídica, se é possível pedirmos a vaga mesmo sem o primeiro suplente ter requerido, já que agora, o DEM teria direito a duas cadeiras. Se for possível, já temos a petição pronta”, disse o vereador de Pato Branco.

Guto Silva alegou que o município de Pato Branco está há 20 anos sem um representante no Legislativo estadual e que para quebrar essa barreia vale, até, abrir mão de um ano e meio de mandato de vereador. “Se nesses quatro meses eu conseguir trazer recursos e aprovar projetos que beneficiem a região, vale a pena. A realidade política do Sudoeste é bem diferente de Curitiba. Eu vou fazer o pedido sim”, afirmou.