Base aliada não é criança, diz a presidente Dilma

Enfrentando uma queda de braço com o Congresso para aprovar as medidas do ajuste fiscal e evitar votações prejudiciais ao governo, a presidente Dilma Rousseff disse, nesta terça-feira, 12, que a base parlamentar situacionista “não é criança”. Dilma enfrentou protestos contra seu governo e a favor na chegada à sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio, onde se reuniu com autoridades.

Após a reunião, questionada sobre a disciplina da base aliada, a presidente se limitou a responder que “a base aliada não é uma criança”. Disse ainda não ver “nenhum impacto” das investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal, no cronograma das obras para a Olimpíada. Segundo Dilma, as obras estão “em dia”.

“É o momento de fazer um ajuste fino (na organização dos jogos). Vamos buscar o problema onde ele estiver. E sempre há problemas. Em evento dessa magnitude, tem de resolver um problema por dia”, afirmou Dilma.

A presidente disse que a partir de agora participará “sistematicamente” de visitas e reuniões da organização. “Os jogos têm um papel importantíssimo de colocar o Brasil diante do mundo. Tem de mostrar o País na qualidade da organização”, disse.

Descontração

A presidente comentou, em tom descontraído, os resultados da sua dieta. Desde janeiro, a presidente já emagreceu 15 quilos. Segundo Dilma, o regime é uma “campanha” para estimular as pessoas a buscarem “qualidade de vida”.

“Estou com 67 anos, deveria ter começado lá pelos 40. É importante manter alimentação saudável, fazer exercício físico. Isso evita problemas cardíacos. Uma caminhadinha, não paga nada”, disse Dilma durante coletiva de imprensa.

A presidente disse que hoje se sente “muito melhor” e “quase não toma mais remédios, só vitaminas”. “Agora, meninas: boca fechada. Não tem regime fácil. É como aquela história: não tem janta grátis, nem almoço nem café”, disse Dilma.