Bancada do PPS não se anima com aliança em torno de Beto

A proposta de reunir todos os prováveis aliados do PSDB numa chapa única de candidatos a deputado federal e a deputado estadual foi rechaçada ontem por deputados estaduais do PPS.

Presidido pelo ex-deputado Rubens Bueno, que também cogita ser candidato ao governo, o PPS ainda não fechou o acordo para compor a aliança em torno da candidatura ao governo do ex-prefeito de Curitiba Beto Richa, mas já avisou que não aceita entrar no “chapão”.

Em discurso na sessão de ontem da Assembleia Legislativa, o deputado Douglas Fabrício disse que o PPS não fará coligação proporcional com o PDT, DEM, PSDB, PP e PTB, partidos que estão em negociação para apoiar a candidatura de Beto ao governo, segundo informou Rossoni.

“O partido possui uma chapa completa. Eu respeito todos os partidos, mas no PPS não tem essa conversa. Nunca teve de exigir aliança na proporcional para fechar. O que queremos é aliança na majoritária com um único nome representando a oposição”, afirmou o deputado.

Marcelo Rangel disse que o partido está, há dois anos, preparando seus pré-candidatos à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. E que por questões de identidade, prefere concorrer com sua chapa própria ou fazer coligações pontuais com um ou outro partido.

“A luta do PPS vai ficar registrada na história pela união dos pré-candidatos Osmar Dias e Beto Richa no mesmo palanque. O PPS fez a lição de casa. Não entendo essa conversa. Temos chapa completa para deputado estadual e federal”, afirmou Rangel.

Ele também citou as diferenças ideológicas entre os partidos para justificar a posição do PPS. “Se quiséssemos o “chapão’ não seria preciso fazer parte de um partido. Cada um tem um perfil e uma ideologia diferente. A individualidade deve ser respeitada”, afirmou.

Entretanto, segundo alguns aliados, a posição do PPS é ditada menos por ideologia do que pela matemática eleitoral. O partido tem uma projeção de dobrar as bancadas estadual e federal.

O que seriam seis cadeiras na Assembleia Legislativa e duas na Câmara dos Deputados. Integrante de um “chapão”, seria mais difícil para o PPS alcançar esses resultados.