Audiência verá quebra de contrato entre IECSA e Brasil Telecom

A procuradora-geral do Trabalho, Marisa Tiemann, deve realizar uma audiência pública com representantes da Brasil Telecom, da IECSA-GTA e o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel para apurar e tornar públicas as responsabilidades e demais encargos referentes às denúncias de quebra de contrato envolvendo a IECSA, dezenas de empresas prestadoras de serviços na área de telefonia no Paraná e a Brasil Telecom.

O pedido de realização da audiência pública foi encaminhado sexta-feira à procuradora- geral pelo deputado federal Dr. Rosinha (PT), que está de posse de um dossiê com as denúncias contra a IECSA, feitas por empresas terceirizadas que não receberam seus direitos contratuais, sendo que muitas das quais tiveram que fechar as portas. A IECSA-GTA, empresa brasileira que pertence à holding IECSA, com sede na Argentina e que tem participação em diversos países, firmou contrato com a Brasil Telecom para a operação das linhas telefônicas no Paraná, mas repassou os serviços para pequenas empresas, subcontratadas como empreiteiras. Das 164 subcontratadas pela IECSA, pelo menos 80 foram obrigadas a encerrar suas atividades por falta de pagamento, segundo denúncias do presidente do Sindicato das Indústrias de Instalações Telefônicas do Paraná, Biratã Higino Almeida Giacomoni. As empreiteiras tentam agora responsabilizar a Brasil Telecom pelos prejuízos.

Ex-gerente da Anatel assume cargo na Brasil Telecom As irregularidades contratuais envolvendo a IECSA e as subcontratadas foram denuncidas por Giacomoni à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas o gerente-geral de Outorga, Acompanhamento e Controle das Obrigações Contratuais do órgão governamental, David Ribeiro Machado, alegou que a Agência não tem a função de ?intervir em relacionamentos comerciais das prestadoras?. O deputado Dr. Rosinha diz que ficou surpreso ao tomar conhecimento que Ribeiro Machado deixou a Anatel e foi contratado para um cargo de direção da Brasil Telecom logo após as denúncias envolvendo a IECSA.

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