Apoio de Rubens passa por decisão do PPS nacional

O apoio de Rubens Bueno, que disputou a Prefeitura de Curitiba pelo PPS, fazendo mais de 20% dos votos no primeiro turno, está sendo cobiçado pelos dois candidatos que vão se confrontar no dia 31 de outubro, Beto Richa (PSDB) e Angelo Vanhoni (PT).

Na definição de estratégias para enfrentar a nova etapa da campanha, praticamente todos os apoios interessam. Também está nos planos dos candidatos atrair lideranças nacionais para a caça ao voto do eleitor curitibano.

Ontem mesmo Beto Richa conversou, por telefone, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que se dispôs a ajudá-lo. Está prevista também a participação do governador mineiro Aécio Neves, do candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra, e até mesmo a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Com menos candidatos petistas disputando o segundo turno em capitais e em cidades importantes, Vanhoni acredita que haverá mais tempo para Curitiba. “Acredito que o esforço do PT e do governo federal possa estar mais presente no segundo turno”, afirmou.

Neste primeiro momento, os dois estão voltados para as costuras locais e informam que vão conversar com todos os partidos onde identificam alguma afinidade programática.

Decisão

O apoio de Rubens vai passar por discussão interna que começa hoje, em reunião nacional do PPS em São Paulo: “Ninguém vai pôr as mãos no partido”, frisou o ex-diretor da binacional Itaipu, destacando que qualquer decisão será do conjunto do partido e do PHS, que foi a legenda coligada no primeiro turno.

O PT, conforme adiantou o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, não só tem grande interesse em ter Bueno no palanque no segundo turno, como gostaria de vê-lo “na equipe de Vanhoni na próxima administração municipal”.

Quase ninguém será desprezado na reta final. “Se comungarem dos mesmos ideais, todos serão bem-vindos”, garantiu Richa. “Nós vamos conversar e convidar os partidos para que se integrem a essa proposta de mudança na forma de governar Curitiba”, rebate Vanhoni. “Vou conversar com todos os candidatos. O Rubens é uma possibilidade”, disse o petista.

Composições

Nos outros três municípios que terão segundo turno no Paraná a temporada de composições também está em andamento. Como Bueno em Curitiba, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB) também pode funcionar como fiel de balança em Londrina, onde fez 23,94% dos votos. Lá, vão para o segundo turno o ex-prefeito Antônio Belinati (PSL), que teve 32,10% dos votos, e Nedson Micheletti (PT), que ficou com 27,22%.

Em Maringá, João Ivo Caleffi (PT), que teve 28,41% dos votos, vai enfrentar Sílvio Barros (PP), filho e irmão de ex-prefeitos da cidade, que está coligado com o PDT, o PRTB e o PSDB). Aqui, o fiel de balança pode ser o petebista Dr. Batista, que ficou com 21,47% dos votos.

O ex-prefeito Pedro Wosgrau (PSDB), que teve o apoio do PFL e do PTC, vai enfrentar no segundo turno o atual prefeito de Ponta Grossa, Péricles Hollebem de Mello (PT). A disputa terminou apertada, com 44,27% para o primeiro e 40,49% para o segundo, cuja coligação reune o PDT, PTB, PMDB, PSL, PTN, PCB, PSDC, PRTB, PMN, PSB, PV, PRP, PC do B e PT do B.

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