André Vargas indicado à vice-presidência da AL

Não foi ontem ainda que o 1.º vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Natálio Stica (PT), renunciou ao cargo para assumir a liderança do governo na Casa. Ele disse que deverá fazê-lo na segunda-feira, dando tempo à bancada petista, a segunda em número de integrantes na Casa, para negociar a manutenção do acordo que garante sua permanência na Mesa Executiva.

As negociações vão exigir ainda mais empenho dos petistas depois que a bancada decidiu, em reunião ontem de manhã, indicar o nome do presidente do diretório regional, deputado André Vargas, para substituir Stica.

O dirigente partidário é visto com reservas por setores do PMDB. A deputada Luciana Rafagnin, o nome favorito até anteontem, abriu mão da indicação: “Ela é uma unanimidade e seria referendada caso mantivésse sua postulação”, explicou o líder da bancada, Elton Welter. “Mas a deputada achou que seria melhor abrir mão em favor de André Vargas, com melhor trânsito entre os colegas de outras agremiações”, explicou.

Welter espera que o acordo inicial, que garantiu a 1.ª vice-presidência ao PT, seja mantido, mas disse estar preparado para a disputa que dificilmente deixará de acontecer. O atual 2.º vice-presidente, deputado Augustinho Zucchi (PDT), postulará a vaga de Stica. Ratinho Júnior (PPS) também tem interesse e continua disposto a concorrer, mas admite que prosseguirá conversando com o colega pedetista antes de uma decisão final. A intenção da Mesa é realizar a eleição, com votação secreta, na terça-feira (16).

André Vargas disse aos jornalistas que se dedicará à busca de um consenso entre os deputados, na tentativa de vencer eventuais resistências ao seu nome. Essa resistência se localiza principalmente no PMDB, em função de posturas críticas de Vargas quanto ao governo Roberto Requião no ano passado, principalmente no episódio da CPI do Pedágio.

O petista reconhece que o Regimento Interno permite a participação de representantes de outras siglas na disputa, mas defende a manutenção do acordo firmado por ocasião da eleição da atual Mesa Executiva: “Nós desejamos continuar colaborando no processo de modernização do Legislativo, que inclui a informatização, a criação da TV Assembléia e do plano de cargos e salários dos funcionários”.

Ele não teme que as divergências passadas com o governador se constituam num obstáculo à sua eleição: “Em primeiro lugar, vou buscar o consenso”, pondera Vargas.

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