Alvaro quer postura ativa com o álcool

Foto: Agência Senado

Alvaro: grande chance.

Brasília – O vice-presidente do Senado, senador Alvaro Dias (PSDB/PR), defendeu em plenário, ontem, uma postura ativa do Brasil na condução da política de biocombustíveis: ?Na busca por combustíveis alternativos, o etanol, por ser um combustível limpo e antipoluidor, ganhou importância mundial. E como o Brasil, nesse cenário, desfruta de posição privilegiada, precisamos definir o quanto antes uma política energética séria e enérgica na defesa dessa riqueza nacional. O Brasil precisa ser ator ativo e não mero figurante??.

Citando a obra ?Brasil -País do Futuro??, do escritor e pacifista austríaco Stefan Zweig, sobre a síndrome de nação do futuro que alimenta o imaginário popular, enquanto se perdem oportunidades no presente; Alvaro Dias fez um histórico de como o Brasil, a despeito das altas taxas de juros e das oportunidades desperdiçadas de crescimento econômico, se firmou como País dotado de inesgotáveis recursos naturais capazes de gerar riqueza: ?O Brasil é o maior produtor mundial de etanol, proveniente da cana de açúcar, com nível de eficiência superior em até seis vezes ao etanol gerado pelo milho, trigo e outros bens primários que os Estados Unidos de forma pioneira expandiram, a partir dos subsídios oferecidos aos agricultores norte-americanos??.

Ainda fazendo uma análise cronológica dos acontecimentos, o senador falou sobre a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) que, no início da década de 70, elevou em mais de dez vezes o preço do barril do petróleo, provocando recessão nas grandes economias do mundo e afetando seriamente o Brasil, que importava 70% do petróleo. Como conseqüência, o governo brasileiro alterou a nossa matriz energética, dando início ao Pró-Álcool. ?No início, mais de 80% dos motores automotivos foram adaptados ao consumo do álcool??, disse o senador.

Mas, apesar dos erros do passado, segundo Alvaro Dias, o Brasil, maior produtor mundial de etanol, vem atraindo expressivos investimentos internacionais no setor sucro-alcooleiro.

Alvaro Dias finalizou o pronunciamento fazendo um apelo para que o governo, diante de tantas vantagens naturais no País, não permita que o Brasil perca o bonde da história: ??É imperativo, estratégico e, acima de tudo, patriótico não desperdiçarmos mais essa excepcional oportunidade que se apresenta ao Brasil de ser uma referência no novo mercado de energia que se abre no mundo??. 

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