Álvaro Dias deseja escolher vice

O senador Álvaro Dias, pré-candidato do PDT ao governo do Estado, disse ontem que gostaria de receber da Frente Trabalhista – grupo que reúne no Paraná, além do PDT, o PTB – a prerrogativa de poder escolher o candidato a vice-governador na sua chapa. “Acho que a frente terá a compreensão de que compete ao candidato ao governo, ouvindo a todos, evidentemente, optar por uma composição que o ajude não apenas na eleição, mas na gestão do Estado, se o titular for eleito”, declarou ontem o senador.

A discussão sobre o vice é um assunto delicado para o senador. O próprio Álvaro já declarou, em outras entrevistas, que carrega o trauma de, quando governador, ter tido um vice (Ari Queiroz) com quem acabou se desentendendo publicamente e permanece rompido até hoje. Dotado de um perfil mais técnico, Queiroz foi escolhido em convenção para vice do senador por indicação de um grupo ligado ao ex-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Anibal Curi.

A posição de Álvaro sobre o vice foi manifestada a propósito de notícias, veiculadas na imprensa nacional, de que seu nome figura na lista de possíveis vices do candidato à Presidência Ciro Gomes (PPS). A coordenação de campanha estaria realizando uma pesquisa em busca de um vice da região Sul do País. O senador descartou essa possibilidade. “Acho pesquisa para vice algo muito estranho. Não acredito que venham a me fazer este convite, porque já é de conhecimento geral que tenho outra missão neste momento. Minha candidatura ao governo é um fato consumado e não vou ficar por aí gerando expectativas falsas”, disse.

O senador afirmou que não vê motivos para pesquisar um nome para vice, seja no plano nacional ou estadual. No seu caso, ele acha que o vice ideal é aquele que não seja uma peça negativa na campanha. “Vice não precisa ter densidade eleitoral porque em vice ninguém vota. O Gradia (Edson Gradia, assessor do senador) tem uma tese de que apenas os parentes votam no vice”, ironizou o pedetista, afirmando que o principal critério na escolha de um companhaeiro de chapa deve ser o seu perfil. “Ele precisa ter condições de substituir o titular do cargo e, além de ter sua confiança, também precisa ter credibilidade junto à opinião pública. Ou o candidato a governador tem voto, ou não tem.” (Elizabete Castro)

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