Alianças eleitorais agitam conversas entre partidos

As conversas sobre possíveis alianças e definições de nomes que irão disputar as eleições municipais têm agitado o meio político neste início de ano. Ontem o vice-prefeito Beto Richa, presidente estadual do PSDB, esteve reunido com o vereador João Cláudio Derosso, presidente municipal do partido. O tema principal foi a definição de estratégias para as eleições, e a confirmação de que a prioridade do partido será a disputa pela Prefeitura de Curitiba.

“Falamos sobre a eleição majoritária e proporcional. Além disso, na sexta-feira o Beto assume como prefeito e estamos pensando como serão feitas as visitas aos bairros, já visando a eleição”, disse Derosso. Segundo ele, as conversas com outros partidos estão caminhando, mas nada foi definido. Na semana passada o vice-prefeito almoçou com o senador Alvaro Dias, quando também foram discutidas as possíveis composições.

“Estamos conversando sobre alianças, sem pressão. Temos que avaliar o projeto para Curitiba e ver quais os partidos que melhor se encaixam nele”, avaliou Richa. A única coisa definida é seu nome como candidato a prefeito. “Costuramos alianças não só com o PFL, mas também com outros partidos, sempre tendo o Beto como cabeça de chapa”, garantiu Derosso. “Não fechamos questão ainda, mas pela última pesquisa Datafolha o Beto é o melhor candidato”.

De acordo com o presidente municipal do PFL, José Carlos Ciccarino, até agora houve muita especulação, mas nada foi definido. “As coisas estão paradas, só vão começar a funcionar lá pelo dia 10 ou 15 de fevereiro”, opinou. “Por enquanto são só conversas informais. Sobre composição não há nada”. Ele lembrou ainda que o partido tem três pré-candidatos – os vereadores Osmar Bertoldi e Fábio Camargo e o ex-deputado federal Luciano Pizzatto.

A campanha de Bertoldi ganhou as ruas nas últimas semanas. Além dos outdoors, o partido solicitou a inclusão de seu nome nas próximas pesquisas eleitorais. “Ainda não sou conhecido, então não tenho grandes expectativas com relação à próxima pesquisa. Hoje o que conta é a notoriedade e não a intenção de voto”, disse.

Ele lembrou que quando foi convidado para se filiar ao PFL, foi para ser candidato a prefeito. “Dentro do partido é nisso que se fala”, contou. Para ele, as alianças são bem vindas, mas não existe a possibilidade de colocar seu nome como vice de nenhum outro partido.

Fábio Camargo já garantiu que irá aceitar a decisão da maioria. “Se for um consenso, eu abro mão da minha candidatura”. Mas enquanto a decisão não sair ele continuará visitando os bairros e pensando em projetos para a Prefeitura. “Caso eu não seja o escolhido vou trabalhar na campanha de quem meu partido definir”.

Hoje a principal disputa dos partidos é pelo aval do prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL). Isso porque ele continua com um bom índice de aprovação, e poderá transferir seus votos para o candidato que vier a apoiar. Segundo a última pesquisa divulgada pelo Datafolha, em dezembro de 2003, Taniguchi tinha 40% de avaliação entre ótima e boa. Também realizada no final do ano, na pesquisa da Isto É o prefeito apareceu com 67,5% de aprovação. Mas até agora ele não manifestou oficialmente o nome do seu candidato, e tem preferido desconversar quando o assunto é esse. “Vou me dedicar de corpo e alma na campanha, independente do candidato”.

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