Um dos aliados da candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo em 2006, o PTB foi o primeiro a sinalizar que se transfere para o palanque do prefeito Beto Richa (PSDB) em 2010, se o tucano disputar a sucessão do governador Roberto Requião (PMDB). “O Beto é a bola da vez”, declarou ontem, 6, o presidente estadual do PTB, deputado federal Alex Canziani.
O petebista disse que seu partido apoiou a candidatura de Osmar há dois anos, mas não houve compromisso de repetir a aliança em 2010. “Não estamos trocando nada. Houve uma aliança. Apoiamos, mas nunca ficou acertado que seria para sempre”, disse o presidente estadual do PTB. Mas a decisão será tomada mais à frente, ressaltou. “Vamos discutir no momento apropriado”, afirmou.
A performance de Beto em Curitiba, onde se reelegeu no primeiro turno com 77,27% dos votos, já repercutiu no interior do Estado, disse Canziani. “As pessoas falam três coisas. Ele é do interior (o tucano nasceu em Londrina), governa a maior cidade do Estado e é filho do José Richa”, afirmou.
A entrada do prefeito de Curitiba na disputa ao governo em 2010 é quase inevitável, avaliou o presidente estadual do PTB. Canziani cita que o PSDB terá um candidato a presidente da República e precisará de candidatos fortes aos governos estaduais.
Apesar de fazer um balanço positivo sobre os resultados da eleição municipal para o PTB, Canziani reconhece que, em Curitiba, o partido ficou menor. O PTB não elegeu representantes à Câmara dos Deputados e o candidato do partido à prefeitura de Curitiba, deputado estadual Fábio Camargo, fez apenas 0,53% dos votos na cidade. “Sabíamos que era uma eleição difícil, mas eu ainda não estive com o Fábio”, desconversou Canziani.
No Paraná, o PTB somou 117,3 mil votos. O partido assumirá a administração de 19 prefeituras, mesmo número de prefeitos eleitos pelo DEM. Canziani disse que deve entrar no cálculo também as cidades em que o partido apoiou os candidatos vencedores. Seriam cerca de setenta em todo o Estado.