Sururu na capital

Agentes de trânsito demitidos da Urbs alegam perseguição

Os vereadores de Curitiba Professora Josete (PT) e Paulo Salamuni (PV) tentam intervir junto ao prefeito Luciano Ducci (PSB) para reverter a demissão de sete agentes de trânsito pela Urbanização de Curitiba S/A (Urbs). Os ex-funcionários alegam que foram demitidos porque estavam organizando um abaixo-assinado que seria enviado ao prefeito denunciando supostas irregularidades cometidas pela diretora de Trânsito, Rosangela Batisttela.

Os desentendimentos entre os agentes e a diretora começaram no primeiro domingo deste mês, quando uma viatura da Diretran foi fotografada estacionada em uma vaga para deficientes. O agente que dirigia o veículo foi punido com o desconto da gratificação de R$ 300,00 no salário deste mês.

Os agentes tentaram interceder em favor do colega, alegando que, em serviço, eles têm a prerrogativa de estacionar a viatura fora da área regulamentada e que o colega estava atendendo a um chamado pelo 156. “Nosso colega não foi a um shopping, bar ou lanchonete; ele estava em serviço e a diretora o puniu tirando a gratificação de motorista de um pai de família”, disse Adilson Nunes, um dos demitidos.

Sem conseguir convencer a diretora a voltar atrás na decisão de cortar a gratificação, os funcionários decidiram levantar eventuais irregularidades que a própria Rosângela Batistela poderiam ter cometido. Eles prepararam uma carta denunciando a diretora por desobedecer regras de trânsito sem ser multada e por “beneficiar amigos e conhecidos com a liberação de veículos apreendidos ou com o abono de multas aplicadas”.

Os vereadores tentam uma audiência com o prefeito Luciano Ducci para discutir o caso, já que alegam que os sete funcionários foram demitidos sem direito a defesa. A assessoria de imprensa da Urbs informou que demitir funcionários é uma prerrogativa da empresa (que é uma sociedade anônima e não um órgão público) e que poderá tomar as medidas jurídicas cabíveis contra as acusações.