Adiamento da votação do processo de Renan anula acordo do governo com PMDB

Brasília – O adiamento da votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do processo de cassação do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anulou qualquer possibilidade de acordo entre a base do governo e o PMDB para absolver o parlamentar em troca da maioria dos votos do partido para aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A avaliação é do líder do Democratas, José Agripino Maia (RN).

"Quebrou a vinculação. Você tinha um assunto ligado a outro, e agora os assuntos estão separados. A CPMF vai ser votada a qualquer momento, se for da nossa conveniência [oposição], porque é da conveniência do governo. A questão Renan vai ser votada em dezembro e com isso os fatos estão apartados", disse.

De acordo com o líder do DEM, a hora é de contar votos para saber quem tem maioria no Senado para aprovar a prorrogação da CPMF até 2011 ou derrubar a proposta.

O senador José Agripino afirmou que "há uma descoordenação muito grande na base do governo", que leva a uma segurança com relação a marcar data para votar a CPMF.

O senador disse que os aliados do governo cometeram um equívoco ao marcarem prazo para votar a prorrogação da CPMF no Senado.

"Este é um assunto que para o governo é complicado e por isso não pode ser medido, pautado por datas rígidas".

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