Policiais militares são acusados de receber dinheiro para impedir ocupações

O tenente-coronel da Polícia Militar, Waldir Copetti Neves, e mais cinco ex-policiais militares – três deles ex-integrantes do grupo Águia (serviço de inteligência da PM) – estão presos na Polícia Federal de Curitiba. Eles são acusados de receber dinheiro de fazendeiros para impedir ocupações de sem-terra na região de Ponta Grossa, a 100 quilômetros de Curitiba. Na operação, chamada de Março Branco, também foram detidos dois trabalhadores sem-terra suspeitos de fazer parte do grupo armado.

Além de formação de quadrilha, eles são acusados de tráfico internacional de armas e violação de direitos humanos. Nas casas dos acusados foram encontradas armas, como pistolas, revólveres e escopetas fabricadas na Turquia e os carros que seriam usados no patrulhamento das fazendas. Segundo a polícia, a quadrilha chegou a infiltrar falsos trabalhadores sem-terra nos acampamentos para saber quando seriam feitas novas ocupações.

Os fazendeiros suspeitos de envolvimento no caso estariam ligados ao sindicato rural de Ponta Grossa. Entretanto, o presidente do sindicato, Marcos Degraff, nega as acusações.

O comandante da Polícia Militar do Paraná, Davi Antonio Pancotti, afirma que as investigações já duram um ano. Os policiais estão sujeitos a punições administrativas internas e, depois de serem julgados, poderão ser expulsos da corporação.

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