Polícia prende mulheres que alugavam armas para assaltos

A delegacia do Alto Maracanã prendeu, na tarde desta quinta-feira (25), um homem e três mulheres acusados de repassar drogas para presidiários e alugar armas para quadrilhas. Kátia Cavalari, 27 anos, Lyângela da Silva Braga, 19, Dulce Regina Franco, 29, e Andemerson Cezário Nascimento, 35, foram presos em flagrante em uma casa na cidade de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Com eles, foram apreendidos 400 gramas de maconha e o livro de registro de venda das drogas. A polícia encontrou também, no bairro Boa Vista, em Curitiba, em uma casa usada por eles como esconderijo, duas metralhadoras com silenciador, quatro pentes de munição e mais um silenciador avulso.

?Acreditamos que essas armas eram locadas para outras quadrilhas, para assaltos, e considero esta apreensão um grande avanço no combate ao crime organizado. Sabemos, por investigações, que elas têm amantes na Penitenciária Central do Estado e levam a droga para eles, escondida nas partes íntimas, para que não sejam pegas na revista. Nossas investigações agora continuam, para encontrarmos outras mulheres envolvidas e as quadrilhas que locavam as armas?, contou o delegado Hamilton da Paz, titular da delegacia de Alto Maracanã.

Segundo Hamilton da Paz, a Delegacia recebeu denúncias de que havia um local, na Vila Campo Alto, em Colombo, que mulheres de presidiários consumiam e comercializavam drogas e também levavam parte para dentro da penitenciária. A polícia passou a investigar as denúncias e descobriu que Katia namorava o traficante Andemerson Cezário Nascimento, conhecido como ?Químico?. Ele trazia o entorpecente do Paraguai e traficava em Colombo, além de praticar assaltos. ?Identificamos a casa onde Katia morava e montamos campana na quinta-feira, desde cedo. Quando ela chegou com Nascimento, por volta das 14h, fizemos a abordagem e encontramos meio tijolo de maconha com eles?, contou Paz. Dentro da casa estavam também Lyangela e Dulce, esposas de presidiários. Dulce era a dona da casa onde foram presos.

Na seqüência, ao conversarem com as mulheres, os policiais descobriram que elas escondiam armas em uma casa desocupada, no bairro Boa Vista, em Curitiba. ?Esta casa era usada somente para esconderijo das armas, que eram alugadas para outras quadrilhas praticarem crimes?, complementou Paz. Neste local, os policiais encontraram duas metralhadoras com silenciador, cada uma com dois pentes de munição e mais um silenciador avulso. ?Agora vamos aguardar notícias de pessoas que reconheçam, pelo menos, o armamento, já que armas eram locadas para outras quadrilhas fazerem assaltos.?

Todos foram autuados em flagrante por associação para o tráfico, tráfico de drogas, posse de arma proibida e formação de quadrilha e podem pegar mais de 15 anos de cadeia.

Ligações criminosas

A polícia descobriu que Dulce seria amante dos presidiários Ivanildo Lopes, conhecido como ?Macaco?, e também de Emerson Sandro Anjo Brandão, conhecido como ?Gaúcho?, que estão na Penitenciária Central do Estado (PCE). Era Dulce quem reunia as outras esposas de presidiários em sua casa, para que levassem a droga para dentro da prisão. Brandão é acusado da morte de um policial em Colombo, há cerca de dois anos.

Lyangela já foi presa por tráfico de drogas e foi libertada em agosto do ano passado. Ela seria amante de Gilberto Rodrigo Bosa, que também está recolhido na PCE. Kátia também é ex-presidiária, acusada de diversos roubos de veículos e empresas no estado, que praticou em parceria com seu ex-marido Davelar Osmar de Siqueira, conhecido como ?Dedo?. Kátia é acusada também de organizar o resgate de Siqueira na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos em 2003.

Denúncias

Segundo o delegado Hamilton da Paz, no ano passado foram tirados de circulação pela delegacia de Alto Maracanã, cerca de 48 traficantes de drogas e apreendidos cerca de 9,5 quilos de maconha, 2,6 quilos de cocaína, e mais de onze mil pedras de crack. ?Elucidamos 78 homicídios e ganhamos a credibilidade da população, que hoje liga cada vez mais para fazer denúncias anônimas sobre o tráfico de drogas. Com a ajuda da população estas respostas da polícia no combate ao crime estão cada vez mais rápidas e eficientes?, afirmou.

Voltar ao topo