Polícia paulista não esperava por tamanha confusão após título do São Paulo

São Paulo (AE) – "Eu nunca tinha visto uma coisa dessas." Foi o que disse o comandante interino de policiamento da Capital, Isidro Suita Martinez, sobre o que aconteceu na avenida Paulista na madrugada desta sexta. Cerca de 15 mil são-paulinos se concentraram na via por volta das 21h para torcer pela conquista da Copa Libertadores da América e destruíram o que viam pela frente. Os 300 policiais destacados para fazer a segurança da região não foram suficientes.

"As pessoas se transformaram. Formavam grupos do nada e depredavam tudo o que estava por perto", contou o comandante. Ele afirmou que a falta de um telão no local foi um dos motivos da fúria da torcida. "Encontrar todos os bares de portas fechadas foi outra frustração", explicou. Ele negou que a PM tenha proibido que um telão transmitisse o jogo na avenida.

Enquanto isso, no Estádio do Morumbi, a Tropa de Choque da PM teve de ser acionada, por volta das 21h25, para evitar que cerca de mil pessoas que não possuíam o ingresso invadissem o campo. Houve confronto direto. "Eles queriam aproveitar o tumulto nas catracas, mas foram impedidos", disse Suita. Segundo ele, depois do tumulto, a maioria dessas pessoas saiu do Morumbi, na Zona Sul, em direção à Avenida Paulista, que teve o policiamento reforçado.

Mesmo com 650 PMs, a força dos torcedores são-paulinos foi maior e depredou o transporte público e o comércio na Paulista. De acordo com Suita, o tumulto começou por volta da 0h30 e só terminou às 3h20, depois da chegada da Tropa de Choque da PM, que lançou bombas de efeito moral para tentar controlar a situação.

Suita explicou que os torcedores se armaram com pedaços de cimento. "Eles quebraram todos os vasos de planta da Paulista", afirmou. Um policial levou uma pedrada na cabeça e teve de ser internado no Hospital Beneficência Portuguesa.

Além da região do Morumbi e da avenida Paulista, também houve registro de vandalismo de torcedores na avenida Pompéia.

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