A Polícia Militar do Paraná intensificou o serviço de inteligência policial no município de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, para reduzir o número de assaltos a ônibus de transporte coletivo na cidade. A medida foi tomada pelo comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, major Marcos Teodoro Scheremetta, responsável pelo policiamento no município de Fazenda Rio Grande, depois de se reunir com manifestantes que bloquearam o trânsito na BR-116.
?Entendemos a preocupação da população, mas é importante lembrarmos que a polícia tem agido com muito rigor no município. Infelizmente um motorista acabou perdendo a vida durante este assalto, mas não podemos dizer que isso aconteceu por um descaso da polícia. Estamos trabalhando incessantemente e é desta forma que iremos continuar?, disse Scheremetta.
De acordo com a polícia, este foi o primeiro latrocínio registrado na cidade neste ano, demonstrando que a criminalidade tem baixado no local com os investimentos feitos pela Secretaria da Segurança Pública. Um problema grave, destacado pela polícia neste caso, é o uso drogas.
?Infelizmente, as pessoas viciadas cometem esses roubos para sustentar o vício e a situação é agravada porque eles geralmente estão drogados quando cometem os crimes. O viciado está com seu estado completamente alterado e assim acaba matando pessoas e cometendo outros crimes graves como este pela quantia insignificante de R$ 28?, disse o delegado Antônio da Rocha Paes Filho, titular de Fazenda Rio Grande.
Ato político
O prefeito de Fazenda Rio Grande, Antônio Wandscheer, acusou o ex-deputado estadual Geraldo Cartário de ter incitado alguns moradores para que fizessem o protesto bloqueando a BR-116. Segundo ele, o movimento foi um ato político já que o município tem vivido um clima de mais segurança nos últimos meses.
?Se pegarmos os dados estatísticos do passado e os atuais podemos ver o quanto o município de Fazenda Rio Grande está mais seguro, mas o grande problema é que este ato legítimo acabou sofrendo com a influência de inimigos deste governo. Infelizmente sempre tem aqueles que se aproveitam da situação para o benefício próprio?, explicou Wandscheer.
Ainda segundo o prefeito, a manifestação acabou sendo incentivada e contou com a presença diversas pessoas ligadas a políticos.?Tenho fotos que comprovam isso. Pessoas ligadas a políticos no meio da população, tornando um movimento que começou de forma correta num fato absolutamente político?, contou.
Para Wandscheer, os moradores e o município de Fazenda Rio Grande perderam com esta manifestação. ?A violência foi mostrada de forma exagerada. È claro que temos problemas, mas a situação não é tão caótica como foi mostrada. A imagem d a cidade acabou sendo manchada e denegrida?, comentou.
O prefeito encerrou tranqüilizando a população do município. ?Quero dizer a população de bem desta cidade a aqueles moradores que acompanham diariamente o trabalho da prefeitura, que nós continuamos trabalhando pela paz e pelo bem estar de todos que moram aqui na região e que jamais deixaremos de dar a atenção necessária ao município?, finalizou.
Acusado é preso
A polícia prendeu, já na tarde de quarta-feira (24), o homem acusado de ter assassinado, por volta das 6h, o motorista Ricardo Germano Hopaloski, 37 anos, durante assalto ao ônibus que ele dirigia, no município de Fazenda Rio Grande, região Metropolitana de Curitiba. De acordo com a polícia, Carlos Henrique Vieira Rocha, 37, é usuário de drogas e estaria sob o efeito de entorpecentes no momento do assalto.
Segundo o delegado Antônio da Rocha Paes Filho, titular de Fazenda Rio Grande, o cobrador do ônibus e várias testemunhas fizeram o reconhecimento do acusado. ?Como ele usava um capuz no momento do crime, o reconhecimento foi um pouco mais difícil mas, segundo as testemunhas, as roupas que Carlos estava usando eram da mesma cor da que o assaltante usava no momento do crime?, explicou.