Cerca de três mil pedras de crack foram apreendidas na tarde desta terça-feira (12) pela Polícia Militar, em Curitiba. A droga estava sendo trazida de Foz do Iguaçu por dois homens. Ricardo Bueno Oliveira e Fábio Antônio Schaurich, ambos de 20 anos, acusados de fazer o transporte do entorpecente, foram presos em flagrante e encaminhados para a Delegacia de Narcóticos. Há informações de que esta não é a primeira viagem que eles fazem com o objetivo de trazer drogas para a capital.
A ação do Grupo Tático Reservado (GTR) do 12.º Batalhão da PM iniciou com o recebimento de uma denúncia anônima, por meio do telefone 181 Narcodenúncia. Os policiais do GTR ficaram de prontidão na BR-116, no município de Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, onde foi feita a abordagem e encontrada a droga escondida dentro do filtro de ar do Vectra em que a dupla estava.
De acordo com o coordenador do projeto 181 Narcodenúncia, tenente-coronel Jorge Costa Filho, esta é uma das maiores apreensões já realizadas em Curitiba e região a partir de informações repassadas pela comunidade. Desde que o telefone 181 entrou em operação, em junho de 2003, só de crack já foram apreendidos, apenas em Curitiba, quase 26 mil pedras. No mesmo período, também em Curitiba, foram presos 898 homens e 148 mulheres.
O bairro onde mais houve apreenssões, em Curitiba, foi a Cidade Industrial, com quase 10.200 pedras. Em segundo lugar, aparece o centro da cidade, com 4.420 pedras da droga. Em terceiro, está o Boqueirão, com 1.840 pedras. Através do 181 Narcodenúncia, também desde o início do projeto, das ruas da capital ainda foram retirados 154 quilos de cocaína e uma tonelada e meia de maconha.
Sigilo
De acordo com o coronel Costa, o sigilo do sistema tem sido fundamental para que ?as pessoas criem coragem de denunciar?, uma vez que não correm risco de ter suas identidades reveladas. ?Desde que iniciamos o projeto até agora, ninguém que tenha denunciado o tráfico chegou a sofrer algum tipo de ameaça, o que comprova que o governo do Estado vem realizando um trabalho sério no combate ao comércio de drogas?, falou.
Segundo o tenente Hudson, que comanda o GTR, é importante que, ao telefonar, o denunciante repasse o maior número possível de informações e detalhes. ?É a partir desses detalhes que a polícia pode planejar a ação que, com certeza, resultará na prisão do traficante e na apreensão da droga?, disse. ?A comunidade ajudando a denunciar estará colaborando para o aumento da segurança de todos?, lembrou o coronel Costa.