Polícia Federal conclui operação na área da Raposa Serra do Sol

Terminou hoje a Operação Upatakon, da Polícia Federal, iniciada no dia 17 de
março com o objetivo de garantir a homologação em área contínua da terra
indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. A previsão inicial era de que a
operação durasse 60 dias, mas seu fim foi adiantado pelo fato de quatro
policiais federais terem sido mantidos reféns pelos indígenas na comunidade do
Flechal, durante oito dias (eles foram libertados no último sábado, dia 30 de
abril). "Com a solução pacífica do caso, acreditamos que foi aberto o caminho do
diálogo e que nossa presença massiva na terra indígena já não é mais
necessária", avaliou o delegado Osmar Tavares, que coordenou a
operação.

Segundo ele, desde a última segunda-feira (2) começaram a ser
desativados os seis postos de fiscalização que a Polícia Federal instalou em
pontos considerados críticos dentro da Raposa Serra do Sol. "O último foi
desativado ontem", revelou o delegado. Os 250 homens que participaram da
operação (210 da Polícia Federal e 40 da Polícia Rodoviária Federal) já estão
retornando a seus estados de origem.

Para Marinaldo Trajano, coordenador
do Conselho Indígena de Roraima (CIR), ainda é cedo para que a Polícia Federal
deixe a área. "Os produtores de arroz têm prazo de um ano para se retirar da
terra indígena, a gente teme confrontos. Já pedimos à Funai que solicite a
reinstalação dos postos de fiscalização", argumentou.

Segundo avaliação
de Tavares, a Upatakon cumpriu bem seu objetivo. "Não tivemos confrontos diretos
entre as comunidades beneficiadas pela homologação e aqueles que têm interesses
contrários. Além disso, os três conflitos localizados (duas interdições de
estradas e o a captura dos policiais federais) foram resolvidos sem que houvesse
feridos", afirmou.

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